A guerra mais sangrenta da
América do Sul teve um roteiro digno de uma odisseia. Resultado: dezenas de
milhares de vítimas.
Tudo começou no Uruguai, com uma rebelião
dos colorados (liberais) em abril de 1863, encabeçada pelo general
Venâncio Flores, pela derrubada do governo dos blancos (conservadores)
eleito em 1860. O conflito desencadeou a sequência dos acontecimentos que
levaram à Guerra do Paraguai.
A Argentina e o Brasil apoiaram a rebelião
colorada – era a primeira vez que os dois países estavam do mesmo lado
num conflito uruguaio. O presidente argentino, Bartolomeu Mitre, um liberal
eleito em outubro de 1862, tomou essa posição porque os colorados tinham
lhe dado apoio na guerra civil de seu país em 1861 e porque os blancos
constituíam um foco possível de oposição federalista residual nas províncias
litorâneas à república argentina, recém-unificada. Para o Império do Brasil, a
questão principal era proteger os interesses dos brasileiros que viviam e
tinham propriedades no Uruguai, ameaçados pela rigidez das autoridades daquele
Estado sobre o comércio da fronteira e as taxas aduaneiras. Foi nesse contexto
que o governo blanco se voltou para o Paraguai como único aliado
possível.
Mas o Paraguai temia e desconfiava de seus
vizinhos muito maiores, muito mais povoados e potencialmente predatórios: as
Províncias Unidas do Rio da Prata e o Brasil. Ambos tinham relutado em aceitar
a independência paraguaia e demoraram a reconhecê-la: o Brasil em 1844, as
Províncias Unidas em 1852. Ambos tinham reivindicações territoriais contra o
Paraguai: o Brasil, no extremo nordeste do país, na divisa com Mato Grosso, região
valiosa pela erva-mate nativa; a Argentina, no leste do Rio Paraná (Missiones),
mas também a oeste do Rio Paraguai (o Chaco). E havia ainda atritos com ambos
quanto à livre navegação no sistema fluvial Paraguai-Paraná.
O presidente do Paraguai, Francisco Solano
López, a quem o governo uruguaio procurara para obter apoio em julho de 1863,
tinha chegado ao poder em outubro de 1862, após a morte de seu pai, o ditador
Carlos Antonio, que governara o país desde 1844. De início, ele hesitou em
fazer uma aliança formal com os blancos, seus aliados naturais, contra
os colorados no Uruguai, agora que estes tinham o apoio do Brasil e da
Argentina. Mas, no segundo semestre de 1863, Solano López viu a oportunidade de
mostrar sua presença na região e de desempenhar um papel compatível com o novo
poder econômico e militar do Paraguai. No começo de 1864, ele começou a
mobilização para uma possível guerra.
Quando o Brasil lançou um ultimato ao
governo uruguaio em agosto do mesmo ano, ameaçando retaliar os supostos abusos
sofridos por súditos brasileiros, Solano López reagiu com um ultimato alertando
o Brasil contra a intervenção militar. Ignorando o alerta, soldados brasileiros
invadiram o Uruguai em 16 de outubro. Em 12 de novembro, após a captura de um
vapor mercante brasileiro que saía de Asunción para Corumbá, levando o
presidente de Mato Grosso a bordo, o Brasil rompeu relações diplomáticas com o
Paraguai. Em 13 de dezembro, Solano López tomou a grave decisão de declarar
guerra ao Brasil e invadiu Mato Grosso. Quando a Argentina negou autorização ao
Exército paraguaio para atravessar Missiones – território disputado e quase
despovoado – a fim de invadir o Rio Grande do Sul, Solano López também
declarou-lhe guerra, em 18 de março de 1865, e no mês seguinte invadiu a
província argentina de Corrientes.
A imprudência de Solano López resultou
exatamente naquilo que mais ameaçava a segurança e até a existência do
Paraguai: a união de seus dois vizinhos poderosos – na verdade, como Flores
finalmente conseguira tomar o poder em Montevidéu em fevereiro de 1865, a união
de seus três vizinhos – numa aliança em guerra contra ele. O Brasil e a
Argentina não tinham qualquer atrito com o Paraguai que pudesse justificar uma
guerra. Nenhum dos dois queria nem planejava uma guerra contra o Paraguai. Não
havia pressão nem apoio público à guerra; de fato, a guerra geralmente era
impopular nos dois países. Ao mesmo tempo, porém, não fizeram nenhum grande
esforço para evitá-la. A necessidade de se defenderem contra a agressão
paraguaia, por mais justificada ou provocada que fosse, oferecia ao Brasil e à
Argentina a oportunidade não só de acertarem suas diferenças com o Paraguai no
que se referia ao território e à navegação fluvial, como também de punir e
enfraquecer, talvez destruir, uma incipiente potência possivelmente
expansionista e problemática na região.
Os objetivos originais da guerra, tal como
foram expostos no Tratado da Tríplice Aliança assinado pelo Brasil, pela
Argentina e pelo Uruguai em 1o de maio de 1865, eram: a
derrubada da ditadura de Solano López; livre navegação dos rios Paraguai e
Paraná; anexação do território reivindicado pelo Brasil no nordeste do Paraguai
e pela Argentina no leste e no oeste do Paraguai — esta última cláusula se
manteve secreta até ser revelada pela Inglaterra em 1866. Com o desenrolar do
conflito, tornou-se, em particular para o Brasil, uma guerra pela civilização e
pela democracia contra a barbárie e a tirania: isso apesar do estranho fato de
que o Brasil, após a libertação dos escravos nos Estados Unidos durante a
Guerra Civil, agora era o único Estado independente de todas as Américas com a
economia e a sociedade em bases escravistas, além de ser a única monarquia
remanescente.
A Guerra do Paraguai não era inevitável. E
nem era necessária. Mas só poderia ter sido evitada se o Brasil tivesse se
mostrado menos categórico na defesa dos interesses de seus súditos no Uruguai,
principalmente, se não tivesse feito uma intervenção militar em favor deles, se
a Argentina tivesse se mantido neutra no conflito subsequente entre o Paraguai
e o Brasil, e, sobretudo, se o Paraguai tivesse se conduzido com mais
prudência, reconhecendo as realidades políticas da região e tentando defender
seus interesses por meio da diplomacia, e não pelas armas. A guerra, que se
estendeu por mais de cinco anos, foi a mais sangrenta da história da América
Latina, e, na verdade, afora a Guerra da Crimeia (1854-1856), foi a mais
sangrenta de todo o mundo entre o fim das Guerras Napoleônicas, em 1815, e a
eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914. Custou de 150.000 a 200.000 vidas
(na maioria, paraguaios e brasileiros), no campo de batalha e por privações e
doenças decorrentes da guerra.
Diante da enorme disparidade entre os dois
lados, em termos de tamanho, riqueza e população, a Guerra do Paraguai deveria
se afigurar desde o início uma luta desigual. Mas, militarmente, havia um maior
equilíbrio. De fato, no início da guerra, e pelo menos durante o primeiro ano,
o Paraguai provavelmente teve superioridade militar em termos numéricos. E
provavelmente seu Exército era mais equipado e treinado do que os exércitos
vizinhos. Além disso, como as forças paraguaias tinham sido expulsas do
território argentino, a Argentina reduziu tanto sua contribuição para o esforço
de guerra dos aliados que, no final da guerra, havia apenas cerca de 4.000
soldados argentinos em solo paraguaio. O Uruguai, por sua vez, teve presença
apenas simbólica no teatro de operações durante todo o conflito. O Brasil, por
outro lado, aumentou seu Exército regular – que tinha entre 17.000 e 20.000 –
para 60.000 a 70.000 homens no primeiro ano das hostilidades, com recrutamento
obrigatório, transferências da Guarda Nacional, alistamento de escravos de
propriedade do Estado e alguns de propriedade particular (libertados em troca
dos serviços na guerra) e a formação dos corpos de Voluntários da Pátria.
Calcula-se que o Brasil mobilizou durante a guerra cerca de 140.000 homens. E,
ao contrário do Paraguai, que dispunha apenas de seus próprios estaleiros e
arsenais, o Brasil tinha acesso a armas, munições e navios de guerra, tanto
fabricados e montados no país quanto comprados no exterior, principalmente na
Europa, além de empréstimos obtidos na City de Londres para ajudar
nesses pagamentos. Por fim, o Brasil tinha a Marinha mais forte e poderosa da
região.
A segunda e principal fase do conflito
começou quando os aliados finalmente invadiram o Paraguai, em abril de 1866, e
instalaram seu quartel-general no Tuiuti, na confluência dos rios Paraná e
Paraguai. Em 24 de maio, repeliram uma investida paraguaia e venceram a
primeira grande batalha em terra. Mas os exércitos aliados demoraram mais de
três meses até começarem a subir o Rio Paraguai. Em 12 de setembro, Solano
López propôs concessões, inclusive territoriais, para terminar a guerra, desde
que lhe fosse poupada a vida e o Paraguai não fosse totalmente desmembrado ou
ocupado em caráter permanente, mas sua proposta foi rejeitada. Dez dias depois,
em Curupaiti, ao sul de Humaitá, no Rio Paraguai, os aliados sofreram sua pior
derrota. Não retomaram o avanço até julho de 1867, quando se iniciou uma
movimentação para cercar a grande fortaleza fluvial de Humaitá, que bloqueou o
acesso ao Rio Paraguai e à capital, Asunción. Mesmo assim, passou-se mais de um
ano antes que os aliados ocupassem Humaitá (5 de agosto de 1868), e mais cinco
meses para a derrota decisiva e praticamente a destruição do Exército
paraguaio na Batalha de Lomas Valentinas, em 27 de dezembro. As tropas aliadas
(na maioria brasileiras), sob o comando do marechal Luís Alves de Lima e Silva,
o marquês de Caxias, comandante-chefe brasileiro desde outubro de 1866 e
comandante-chefe das forças aliadas desde janeiro de 1868, finalmente entraram
em Asunción em 1o de janeiro de 1869 e terminaram a guerra.
Pelo menos, assim pensavam os aliados.
Mas houve uma terceira fase: Solano López
formou um novo exército na Cordilheira a leste de Asunción e começou uma
campanha de guerrilha. Foi derrotado e seus soldados massacrados na última
grande batalha em Campo Grande ou Acosta Nu, no nordeste de Asunción, em agosto
de 1869. Mesmo assim, López conseguiu escapar com vida. Com sua companheira
irlandesa Eliza Alicia Lynch, ele foi perseguido no norte por tropas
brasileiras por mais seis meses, até finalmente ser acuado e morto em Cerro
Corá, no extremo nordeste do Paraguai, em 1o de março de
1870. Em 27 de julho, foi assinado um tratado de paz preliminar.
Por que demorou tanto até os Aliados
vencerem a guerra, apesar de sua esmagadora superioridade naval e, pelo menos
depois de Tuiuti, também terrestre? Passaram-se quase quatro anos antes que os
aliados chegassem à capital paraguaia. E mesmo então, a guerra se arrastou por
mais de um ano. Uma explicação se encontra no lado dos aliados, ou melhor, no
lado brasileiro, já que o Brasil ficou praticamente sozinho na guerra após o
primeiro ano. Os governos brasileiros enfrentavam enormes problemas logísticos,
primeiro para organizar, depois para transportar as tropas por milhares de
quilômetros por via terrestre, marítima e fluvial, e, finalmente, para abastecê-las.
E vencer as excelentes defesas terrestres e fluviais do Paraguai não foi tarefa
fácil. Mas também é verdade que os comandantes brasileiros demonstraram um alto
grau de incompetência estratégica e tática. Por outro lado, as tropas
paraguaias e, na verdade, o próprio povo paraguaio, mantiveram-se leais a
Solano López, combatendo com uma tenacidade extraordinária e, no final, quando
estava em jogo a sobrevivência nacional, com grande heroísmo.
Para o Paraguai, a guerra foi quase uma
calamidade total. O país sobreviveu como Estado independente, mas sob a
ocupação e tutela brasileira no período posterior ao fim da guerra. Somente em
julho de 1876, finalmente se retiraram 2.000 soldados e seis navios de guerra
brasileiros. A consequência extrema da completa derrota, que seria o
desmembramento integral do país, foi evitada, mas o território paraguaio foi
reduzido em 40%, e o que restou do Exército foi desarmado. Embora o número de
baixas tenha sido muito exagerado – chegou-se a se falar em 50% da população do
Paraguai antes do conflito –, e as estimativas recentes e mais modestas estejam
na ordem de 15% a 20% da população, o que corresponde a cerca de 50.000 a
80.000 mortes no campo de batalha e por doenças (sarampo, varíola, febre
amarela e cólera), os percentuais são enormes pelos critérios de qualquer
guerra moderna. A economia do Paraguai ficou arruinada, a infraestrutura e a
base manufatureira foram destruídas e o início de um desenvolvimento externo
sofreu o retrocesso de uma geração. Por fim, os vencedores impuseram ao país
uma indenização enorme, embora nunca tenham cobrado e depois tenham cancelado.
A Argentina sofreu baixas estimadas –
possivelmente com exagero – em 18.000 mortes em campo de batalha, mais 5.000 em
distúrbios internos desencadeados pela guerra e 12.000 em epidemias de cólera.
O território anexado ficou aquém de suas pretensões. De qualquer forma,
eliminou-se da política da região platina a perspectiva de um Paraguai cada vez
mais forte e potencialmente expansionista. E, num balanço geral, a guerra
contribuiu positivamente para a consolidação nacional do país: Buenos Aires foi
aceita como capital inconteste de uma república argentina unida, e a identidade
nacional se fortaleceu consideravelmente.
O Brasil, que depois do primeiro ano da
guerra combateu praticamente sozinho, sofreu baixas de pelo menos 50.000 mortos
em combate e muitos outros por doenças, embora num total inferior aos 100.000
às vezes citados. O custo financeiro da guerra sacrificou tremendamente as
finanças públicas do país. E a guerra teve profundo impacto na sociedade e na
vida política. A Guerra do Paraguai foi um divisor de águas na história do
Império, ao mesmo tempo seu apogeu e o início de sua decadência.
Mas o Brasil tinha alcançado todos os seus
objetivos. Pelo tratado assinado com o Paraguai em janeiro de 1872, o país
obteve todo o território reivindicado entre o Rio Apa e o Rio Branco.
Assegurou-se a livre navegação dos rios Paraguai e Paraná, importante para Mato
Grosso e o oeste paulista. E o próprio Paraguai, ainda mais que o Uruguai,
agora estava sob seu firme controle e sua influência. Assim se consolidava, por
ora, a indiscutível hegemonia do Império brasileiro na região.
Leslie
Bethell é professor emérito de História da América Latina na Universidade de
Londres e editor da coleção Cambridge History of Latin America (12
volumes, Cambridge University Press, 1984-2008)
[Artigo
resumido e adaptado do capítulo “O Brasil no mundo” do livro A Construção
Nacional 1830-89 (Objetiva, 2012)].
Jogo de
interesses?
Existe um mito de que o Brasil e a
Argentina, na Guerra do Paraguai ou Guerra da Tríplice Aliança, foram
instrumentos do capitalismo britânico, “Estados satélites”, “neocolônias”,
instigados e manipulados por uma Grã-Bretanha “imperialista”, o “indispensável
quarto Aliado”, para entrarem em guerra contra o Paraguai. Este seria um sólido
mito nascido nos anos 1970 e 1980, nos textos de historiadores
latino-americanos tanto da esquerda marxista quando da direita nacionalista. O
alegado objetivo da Inglaterra era minar e destruir o modelo de desenvolvimento
econômico conduzido pelo Estado, que representava uma ameaça ao avanço de seu
modelo capitalista liberal na região. Mais especificamente, seu objetivo era
abrir a única economia da América Latina que continuava fechada aos produtos
manufaturados e aos capitais ingleses, e assegurar à Inglaterra novas fontes de
matérias-primas, em especial o algodão, já que o abastecimento dos Estados
Unidos tinha sido afetado pela guerra civil.
Há pouca ou nenhuma prova concreta
consistente que possa sustentar essa tese. O governo britânico não tinha
praticamente nenhum interesse no Paraguai e nenhuma vontade de piorar as
disputas existentes no Rio da Prata, e muito menos de promover a guerra, que
iria apenas ameaçar vidas e propriedades inglesas e o comércio britânico. E,
mesmo que quisesse, a Inglaterra não exercia o grau de controle sobre o Brasil
ou sobre a Argentina que seria necessário para manobrá-los e levá-los à guerra
contra o Paraguai. As autoridades britânicas, em sua maioria, estavam a favor
dos aliados, mas a Inglaterra se manteve oficialmente neutra durante a guerra e
utilizou de modo sistemático sua influência a favor da paz. É verdade que
fabricantes britânicos vendiam armas e munições aos beligerantes – isto é, na
prática, ao Brasil e à Argentina, visto que o Paraguai logo caiu sob bloqueio
brasileiro. Mas eram negócios, oportunidades de os empresários na Inglaterra,
na França e na Bélgica lucrarem com uma guerra. Também é verdade que o
empréstimo de sete milhões de libras dos Rothschild ao governo brasileiro em
setembro de 1865 foi utilizado para comprar navios de guerra, e neste sentido a
Inglaterra deu uma contribuição importante para a vitória dos aliados sobre o
Paraguai. Mas não houve qualquer outro empréstimo ao Brasil durante toda a
guerra, e os empréstimos ingleses representaram apenas 15% do total de despesas
do Brasil com a Guerra do Paraguai. A principal responsabilidade pela guerra
coube ao Brasil, à Argentina, em menor grau ao Uruguai e, sobretudo –
infelizmente –, ao próprio Paraguai.
Saiba
Mais - Bibliografia
BUENO, Clodoaldo. História
da política exterior do Brasil. Brasília: Editora UnB, 2008.
DORATIOTO, Francisco. Maldita
Guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das
Letras, 2002.
FERREIRA, Gabriela Nunes. O
rio da Prata e a consolidação do Estado Imperial. São Paulo: Hucitec, 2006.
Saiba
Mais - Link
Saiba
Mais – Documentário
A última guerra do Prata - Versão original
Direção:
Alan Arrais
Ano:
2014
Áudio:
Português - Espanhol
Produtora: TV Escola / Digitallcine
Guerra do
Paraguai – 150 anos
O Caminhos da Reportagem conta como foi essa campanha, hoje lembrada em praças, ruas e monumentos pelos quais muita gente passa sem se dar conta. Estudiosos dos quatro países analisam a guerra e suas consequências, drásticas tanto para vencedores quanto para vencidos. A equipe visita o Forte de Coimbra, no Mato Grosso do Sul, tomado pelos paraguaios no início da Guerra.
No Paraguai, o programa percorre os locais onde ocorreram as principais batalhas, como Tuyuti e Humaitá. Mostra os navios que participaram da histórica batalha do Riachuelo, entra nas trincheiras abertas de Curupaiti e encontra um arqueólogo que coleciona objetos relacionados ao conflito.
Para os paraguaios, é impossível ignorar os vestígios desta grande guerra, tão esquecida para os brasileiros.
Reportagem: Carlos Molinari
Auxiliar técnico: Lion Artur
Apoio às imagens: Rogério Verçoza, Sigmar Gonçalves, Edivan Viana
Produção: Gilberto Costa
Edição de texto: Ana Maria Passos
Edição de imagem: Fábio Lima
Arte: Dinho Rodrigues
Saiba
Mais – Biografia
Aos 15 anos, Joaquim
Marques Lisboa embarcou como praticante de piloto em um navio de guerra, para
seguir uma carreira de glórias militares. Conhecido como Almirante Tamandaré,
entre seus feitos está a espetacular vitória brasileira na até então maior
batalha naval das Américas, a de Riachuelo (1865), na Guerra do Paraguai.
Nasceu em Rio Grande (RS),
no dia 3 de dezembro de 1807, e morreu no Rio de Janeiro (RJ), em 20 de março
de 1897.
Maior chefe militar da
História do Brasil, Luís Alves de Lima e Silva foi o único brasileiro a receber
o título de duque. Conduziu as tropas da Tríplice Aliança à vitória na Guerra
do Paraguai, mas ficou conhecido como o Pacificador, por sempre propor a paz
antes do combate.
Nasceu em 25 agosto de
1803, na Vila de Porto da Estrela, Capitania do Rio de Janeiro, atual município
de Duque de Caxias (RJ). Morreu em 7 de maio de 1880, em Valença (RJ).
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