Fugindo da
invasão napoleônica e tentando manter unido seu império, a Corte portuguesa
escapou para o Novo Mundo, passando a ser vista como exótica pelas outras
coroas.
Pacrick
Wilcken
Em novembro de 1807, Lisboa foi palco de
um dos mais notáveis episódios das Guerras Napoleónicas. Enquanto a força
invasora francesa rompia a fronteira entre Portugal e Espanha, nas docas da
cidade imperava o caos. Multidões em pânico abriam caminho entre enormes
engradados de carga, barris de água potável, mobiliário, embrulhos com
documentos e pilhas de livros que começavam a se acumular no ancoradouro. Sob
uma chuva torrencial, oficiais da Corte lutavam para supervisionar o embarque
de passageiros e carga na frota portuguesa.
Espremido no comboio estava um microcosmo
da elite portuguesa - da realeza a cortesãos e advogados - junto com suas
famílias e exércitos de servos e secretários. O príncipe regente d. João
(17671826), a rainha louca Maria I (1734-1816) e os herdeiros masculinos, d.
Pedro, de nove anos, e d. Miguel, de cinco, embarcaram na capitânia Príncipe
Real, uma sala do trono flutuante contendo toda a linha sucessória da Casa de
Bragança. A nave Alfonso de Albuquerque levava a princesa regente Carlota
Joaquina (1775-1830) e quatro de suas seis filhas, uma das quais cruzaria o
Atlântico nos braços de uma ama-de-leite. Segundo algumas estimativas, cerca de
10 mil pessoas se espalharam por mais de trinta navios, incluindo a escolta de
quatro embarcações militares inglesas, preparando-se para a jornada de 7,2 mil
quilómetros até o Rio de Janeiro.
Uma rápida olhada na carga que a frota
levava é o bastante para concluir que o Brasil não era visto como um mero
refúgio temporário. O plano de transferir a Corte para o Brasil fora, de fato,
discutido em diversas ocasiões desde o século XVII, como forma de resguardar o
império diante de uma agressão europeia. Não era possível prever os
desdobramentos das guerras na Europa, mas os portugueses se preparavam para
qualquer eventualidade. Os documentos a bordo surpreendiam pela quantidade e
pela abrangência. Havia manuscritos, mapas, e um registro detalhado da
correspondência oficial entre cortes europeias; obras de arte, equipamento de
gráficas, parafernália religiosa e o tesouro real, contendo a metade de todo o
dinheiro que circulava em Portugal na época.
A frota portuguesa finalmente zarpou na
manhã de 27 de novembro. No dia seguinte, tropas francesas entraram na cidade,
tomando o controle da capital. Antes de partir, d. João, que governava em nome
da mãe enlouquecida, nomeou um conselho de governadores para receber os
franceses em sua ausência, dizendo que voltaria tão logo a situação política
permitisse.
Mas
passaram-se 13 anos antes que os migrantes portugueses pisassem novamente sua
terra natal. Nesse período, as regras do colonialismo foram viradas de cabeça
para baixo. De uma hora para outra, antigas rotas marítimas foram invertidas,
com decretos cruzando o Atlântico em direção à Europa, e provisões,
funcionários e tropas viajando para o Novo Mundo a fim de abastecer a Corte.
Lisboa, a venerável metrópole, fora transformada em posto avançado de sua
antiga colônia; a nova sede da Corte, o Rio de Janeiro, assumiu o papel de
capital imperial. Lá os cortesãos encontraram as contradições que marcam todos
os impérios, concentradas num único local: de um lado havia as belezas naturais
do Rio; do outro, nas palavras do marquês do Lavradio, vice-rei do Brasil
(17691779), "o espetáculo mais horrendo que o olho humano pode
testemunhar", a imagem de escravos africanos sendo descarregados de navios
e vendidos na cidade.
Durante uma breve escala em Salvador (de
22 de janeiro a 26 de fevereiro de 1808), d. João eliminou o mais oneroso fardo
colonial do Brasil, abrindo os portos para embarcações de nações amigas. A ação
era inevitável, devido à paralisia que atingira o comércio com Portugal desde a
ocupação francesa, e estava estipulada num acordo secreto firmado em outubro
com a Inglaterra. Após a frota aportar no Rio, em 7 de março de 1808, cortesãos
abrigaram os abundantes documentos trazidos na viagem, enquanto era montada uma
nova estrutura governamental. Em poucos meses, d. João criou diversas
instituições: Tribunal Superior, Tribunal de Apelações, Conselho Militar,
Alfândega, Comissão de Comércio, Indústria e Navegação, a maior parte réplica
de instituições portuguesas com um "do Brasil" agregado ao nome. Em
setembro de 1808, a recém-criada Imprensa Régia lançava o órgão oficial Gazeta
do Rio de Janeiro, uma cópia da Gazeta de Lisboa.
A criação de jardins botânicos foi
incentivada pela inauguração por d. João do Horto Real numa área rural aos pés
do Corcovado. Na época, jardins botânicos eram símbolos de modernidade -
laboratórios verdes para aclimatação e pesquisa de cultivos comerciais. Durante
a permanência da família real, chá, noz-moscada, abacate, cravo, canela e
espécies de cana foram cultivados no Rio e enviados a plantações para testes em
todo o Brasil.
O trabalho de construção levou mais tempo,
numa cidade cuja população, estimada em 70 mil habitantes, saltou de um dia
para o outro e mais do que dobrou ao longo da permanência da Corte. Arquitetos
transformavam as estruturas existentes em residências reais - a antiga mansão
de um fazendeiro em São Cristóvão se tornou a favorita de d. João. A rede de
palácios de que a família real dispunha em Portugal foi recriada de forma mais
modesta nos Trópicos. A Corte deu prioridade a instituições privilegiadas no
início do século XIX, incluindo a instalação da Biblioteca Real, trazida de
Lisboa, a construção de um teatro para óperas, de um campo de caça e até de uma
praça de touros. O que era uma provinciana cidade colonial foi avivada pela
invasão de artistas, músicos, cientistas, diplomatas e comerciantes que
afluíram à cidade tão logo terminaram as Guerras Napoleônicas. Foi como uma
Renascença para o Rio de Janeiro, ainda que sob o controle de uma Corte
conservadora e provinciana.
Em estudos recentes, d. João foi resgatado
da caricatura de um glutão cabeça-dura, devorador de frangos - uma difamação
que data da propaganda antimonárquica do século XIX. A história o colocou numa
situação delicada, mas o príncipe soube negociar com as complexidades de seu
tempo, enquanto seus semelhantes em toda a Europa eram destronados e humilhados
por Napoleão. Ele era, entretanto, um conservador nato, um homem à antiga, de
gostos simples. Amava música eclesiástica, banquetes, cerimônias religiosas e
tinha afeição particular pelo ritual do "beija-mão" (cerimônia na
qual os súditos beijam a mão do soberano). Mas ao menos parte da caricatura é
real. Descrições de época indicam que ele era impressionável, um indeciso crônico
que evitava até o fim tomar decisões difíceis.
D. Carlota,
por outro lado, permanece um personagem profundamente ambíguo. Ainda que não
conteste a influência desestabilizadora que exercia sobre a Corte portuguesa, a
historiografia recente reavalia o julgamento pelo qual ela passou nas mãos de
gerações anteriores. A princesa viveu numa época e numa classe em que a mulher
deveria gerar filhos, comparecer a cerimônias e recepcionar eventos sociais. As
decisões cruciais da vida - como casamento e moradia - foram tomadas pelos
outros, e ela era desencorajada a desempenhar algum papel efetivo na política.
Desde o início, d. Carlota se rebelou contra essa situação. Tanto em Portugal
quanto no Brasil, lutou para estabelecer uma base política, e, morando fora da
Corte, em diversas villas no Rio e em
Lisboa, tentou manter o controle de sua vida pessoal.
Politicamente, a posição dela era inusitada.
Com o aprisionamento de seu irmão, o rei Fernando VII (1784-1833), na França,
tornou-se a herdeira presuntiva do trono espanhol, assim como a possível
princesa regente da América espanhola. Ela perseguiu esses dois objetivos com
afinco - em parte por conta de sua frustração com o papel que tinha no Rio, mas
também na defesa do que considerava um patrimônio de sua família usurpado por
Napoleão. Seu fracasso, sua amargura e a saúde frágil consolidaram a imagem da
"bruxa de Córdoba", adulterina e conspiradora, que já começava a
circular.
Pelo menos no campo do anedotário, d.
Carlota podia mostrar grande sensibilidade em relação aos outros, especialmente
os mais vulneráveis. O arquivista Luiz Joaquim dos Santos Marrocos escreveu que
ela forneceu roupas e cuidados médicos à esposa de um servo do palácio,
abandonada pelo marido e deixada com a saúde debilitada numa casa pobre. Um
viajante francês, Jacques Arago, contou que d. Carlota libertara uma jovem
escrava espancada na rua por ter roubado um punhado de açúcar. Na verdade, as
contradições permanecem, pois outras histórias - como a da princesa espancando
impiedosamente o filho Miguel com as próprias sandálias ou chicoteando
transeuntes que se inclinavam em respeito quando ela se aproximava - apontam
uma mulher vingativa e violenta.
A permanência da Corte no Rio foi uma das
grandes anomalias da História colonial e conduziu o Brasil a sua singular
transição para a Independência. Além de suas fronteiras, a América espanhola
era um cenário de violência e de colônias devastadas pela guerra. O Brasil após
se tornar Reino Unido com Portugal e Algarves, em dezembro de 1815, pôde seguir
um caminho diferente, transformando-se em sócio majoritário numa união
transatlântica. Em circunstâncias diferentes, a revolta antimonarquista de
Pernambuco, em 1817, poderia ter florescido e saído do controle, como as
sedições na América espanhola. Mas a presença da Corte no Rio de Janeiro
manteve as diferentes províncias brasileiras unidas num momento crucial da evolução
do país.
Na esteira da supressão da revolta
pernambucana, diversos eventos de grande importância simbólica aconteceram no
Brasil, solidificando a posição da Corte nas Américas. Em 1817, aconteceu o
casamento do príncipe herdeiro, d. Pedro (1798-1834) com uma princesa da casa
de Habsburgo. Num movimento sem precedentes, a noiva, Maria Leopoldina Josefina
Carolina (1797-1826), arquiduquesa da Áustria, de vinte anos, cruzou o
Atlântico para a cerimónia. Em 1818, aconteceu no Brasil a aclamação de d. João,
dois anos após a morte de sua mãe pela primeira vez um monarca Europeu era
entronizado no Novo Mundo.
Ainda assim, testemunhas-chave do período,
como o arquivista Marrocos e a arquiduquesa Leopoldina, não se impressionavam
tanto com o reino tropical. Para ela, acostumada à relativa sofisticação da
Áustria, a Corte portuguesa era atrasada e provinciana. Ainda que Marrocos
acabasse se adaptando à vida nos Trópicos, em seus primeiros anos aqui ficou
horrorizado com o Rio de Janeiro e escandalizado com a decisão da Corte de
permanecer na cidade mesmo depois de Portugal ter sido libertado (1814).
Quanto mais
a Corte permanecia no Brasil, menos sintonizada ficava com as demais monarquias
europeias, terminando como uma versão fossilizada da realeza do início do
século XIX. "À exceção da semi-asiática corte de Constantinopla,
provavelmente não existe uma outra na Europa caracterizada por uma
originalidade tão estranha quanto esta", escreveu o enviado alemão, o
conde von Flemming. "Ainda que tenha se estabelecido na América apenas
recentemente, deve ser considerada completamente estranha aos costumes europeus
e inteiramente exótica."
Havia estagnação também no campo político.
Ao longo dos anos, d. João mexeu o mínimo possível em seu governo. Ele confiava
quase que exclusivamente nos homens que o ajudaram nos anos difíceis que o
levaram ao exílio, como Rodrigo de Souza Coutinho (1755-1812), ministro dos
Negócios Estrangeiros e da Guerra, e Antônio de Araújo (1754-1817), ministro da
Fazenda. "De fato é algo surpreendente", escreveu o cônsul-geral
britânico Henry Chamberlain, em 1817, "que o governo tenha se mantido até
hoje com dois ministros tão tíbios (João Paulo Bezerra de Seixas, também
ministro da Fazenda, e Araújo)... cada setor da administração é descrito como
em confusão quase insolúvel."
Na retórica da época, d. João viajou para
as Américas a fim de criar "uma nova Atenas, uma nova Lisboa, uma nova
Jerusalém". Em última análise, entretanto, os extraordinários eventos de
1807 a 1821 aconteceram no cruzamento de três histórias imperiais: a expansão
francesa na Europa, os desígnios britânicos para a América do Sul e a tentativa
desesperada de Portugal de manter seu império. A transferência para o Brasil
parecia uma solução engenhosa para essas três demandas antagônicas. Na prática,
ao menos para os portugueses, foi tão-somente uma pausa numa época de acentuado
declínio imperial.
O Rio de Janeiro continuou a ser um
mercado de escravos. Por trás da fachada metropolitana criada pela Corte, o
tráfico ainda florescia. Talvez este seja o aspecto mais original da prolongada
permanência da Corte portuguesa no Brasil. Nunca antes uma família real
vivenciara o lado sombrio de seu império tão proximamente e por tanto tempo. Para
os monarcas da época, as colônias eram reinos imaginários, envolvidos em
mistério e exotismo. Para os moradores das colônias, com a exceção das elites,
a realeza era uma fantasia de poder e ritual. Entre 1808 e 1821, esses dois
mundos colidiram e, ao fazê-lo, mudaram o curso da história de Brasil e
Portugal.
Pacrick
Wilcken é jornalista formado em Estudos
Latino Americanos pelo Instituto para Estudos das Américas da Universidade de
Londres, onde vive, e autor de Império à deriva: a Corte portuguesa no Rio
de Janeiro, 1808-1821. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2005.
Saiba
Mais – Link
Saiba
Mais - Filme
Carlota
Joaquina
O filme
conta, satiricamente, parte da história da monarquia portuguesa, e a elevação
do Brasil, de colônia do império ultramarino português, a reino unido com
Portugal. Também faz referências a monarquia espanhola. A morte do rei de
Portugal D. José I de Bragança, em 1777, e a declaração de insanidade da filha
herdeira do precedente, a rainha D. Maria I, em 1792, levam seu filho, o então
príncipe D. João de Bragança e sua esposa, a infanta espanhola Carlota Joaquina
de Bourbon, ao trono real português. Em 1807, para escapar das tropas
napoleônicas que invadiam Portugal, a corte portuguesa e o casal transferem-se
às pressas para o Rio de Janeiro, onde a família real e grande parte da nobreza
portuguesa vivem exiladas por 13 anos. Na colônia aumentam os desentendimentos
entre Carlota Joaquina e D. João VI, que após a morte da mãe, D. Maria I, deixa
de ser príncipe-regente e torna-se rei de Portugal e, posteriormente, rei do
reino unido de Portugal, Brasil e Algarves
Direção: Carla Camurati
Ano: 1995
Ano: 1995
Saiba
Mais - Documentário
A Corte no
Brasil
Reportagem:
Sandra Moreyra e Mônica Sanches
Ano: 2009
Duração: +- 20 minutos
(cada episódio)
1º episódio – A fuga dos Reis – O Tejo tema de tantos e poemas, ponto de partida das
viagens que levaram aos grandes feitos e descobertas dos navegadores lusitanos,
foi testemunha de um embarque inusitado 200 anos atrás.
2º episódio – Nobreza e política – No
início do século XIX, a amizade entre Portugal e Inglaterra já tinha 500 anos.
A mais duradoura aliança entre dois países. Parceiros no comércio navegavam
juntos contra os piratas e os inimigos.
3º episódio – Um reino sem Rei – Um
povo abandonado. Depois da partida da família real a dor tomou conta dos
portugueses. Uma tristeza do fado, este sentimento de orfandade, faz parte da
história de Portugal.
4º episódio – A travessia – Ha 2900 km do Brasil,
uma ilha vulcânica se ergue no meio do Oceano Atlântico. Na Santa Helena, um
Napoleão derrotado pelos ingleses, dita suas memórias a dois companheiros,
Admite que a invasão da Península Ibérica foi um erro, reconhece que o príncipe
D.João de Portugal, foi o único que conseguiu enganá-lo, quando embarcou para o
Brasil.
5º episódio – Chegada à Bahia – A
viagem da corte portuguesa, já durava quase dois meses desde a partida no porto
de Lisboa em Novembro de 1807. Um típico por de sol em Salvador, fez o soldado
de plantão no forte, no dia 21 de janeiro de 1808, levar um grande susto e
correu para contar a novidade. Ao norte, quatro embarcações que parecia ser de
guerra se aproximavam, a primeira no horizonte tinha a bandeira da Inglaterra.
João de Saldanha da Gama, o conde da Pontem governador geral da Bahia recebeu a
notícia e ficou em pânico. No diário que escreveu, ele relata o medo de uma
invasão inglesa até o outro de que as outras naus eram portuguesas e uma trazia
o pavilhão real.
6º episódio – O desembarque no Rio de Janeiro – O brique voador era a nau mais veloz da frota
portuguesa. A tripulação do voador fora designada uma importante missão. Chegar
ao Brasil o quanto antes. O voador partiu de Portugal na véspera do embarque da
corte. No navio seguiam documentos, com algumas decisões do príncipe regente D.
João, um comunicado que ia deixar o Rio de Janeiro em polvorosa.
7º episódio – A economia do tempo de D. João – O Brasil já era a economia do futuro em 1808. Um
território imenso a ser explorado, o interior ainda desconhecido, um extenso
litoral com portos apropriados para o comércio. Um mercado consumidor
praticamente vigente. Ansioso para receber novidades estrangeiras. Muitas eram
as possibilidades e infinitas as dificuldades para o governo de D. João.
8º episódio – A política no tempo de D. João – No tempo de D. João, governar Portugal era viver
na defesa. Temer constantemente os vizinhos, maiores, mais fortes e poderosos.
No Brasil o soberano destas vastas terras, descobriu que havia uma enorme
diferença. Naquela época, tamanho era documento, a conquista de territórios,
uma carta na manga, para negociar a qualquer momento em períodos de guerra ou
quando chegasse a paz.
9º episódio – A corrupção – No Brasil colonial
ostentar riqueza era proibido. Nas roupas, nada de tecidos nobres ou ricos
bordados, nas casas muita simplicidade. Tudo isso mudou com a chegada da corte.
O luxo nas festas, os gastos descontrolados, a troca de favores, a burocracia
aliada a corrupção, tinham exemplos que vinham de cima, do trono e dos fidalgos
que cercavam a monarquia aqui instalada.
10º episódio – Arte e ciência, o Reino do saber – Quando Napoleão perdeu a guerra, a família real
portuguesa não voltou para a Europa. O Brasil naquela altura dos
acontecimentos, tinha se tornado o melhor lugar para se chamar de lar, onde
sede do Império Colonial Português. Faltava apenas arrumar a casa, enfeitar o
Rio de Janeiro, dar uma sofisticação a este reino tropical, foi o que fez D. João.
11º episódio – Templo dos livros e da música – As catedrais e as bibliotecas são até hoje
templos imponentes em Portugal. Em 1808, na nova corte do Rio de janeiro, D.
João fez que são de cultivar as duas paixões da Família Bragança. Quando voltou
para Lisboa, deixou os tesouros na Real Biblioteca no Rio de Janeiro. Enquanto
viveu no Brasil contratou músicos, maestros e cantores trouxe atrações
internacionais. Duzentos anos atrás, encontramos as raízes das nossas
bibliotecas públicas e da música brasileira.
12º episódio – O retorno da corte – A
família de D. João VI, viveu uma saga surpreendente até os momentos finais. O
Rei não queria deixar o Rio de Janeiro, em Lisboa a rainha Carlota Joaquina e
seu filho, príncipe Miguel, comandaram um governo de terror. Duas crianças,
filhos de D. Pedro, receberam as coroas do Brasil e de Portugal. Duzentos anos
depois com o fim da monarquia no Brasil, ficaram os herdeiros do trono que não
existe mais.
o melhor blog de história! me ajuda muito nos estudos, obrigada pelo conteúdo
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