Jeitinho brasileiro
Em 2003, quando o presidente Lula visitou a Líbia, equipe de produção da
cerimônia improvisou uma bandeira do Brasil. Bastou agulha, linha, pincéis e
tinta.Em 2003, o então presidente Lula foi recebido com pompas em Trípoli, capital da Líbia para um encontro com Muammar Kadaffi. Uma grande multidão se acotovelava nas ruas, próximo ao Palácio Bab-Aziziya, onde foi preparada uma cerimônia. Naquela altura, alguns jornalistas brasileiros que cobriam a visita reclamaram por não terem conseguido registrar o momento. Alguns afirmaram que milhares de pessoas obstruíram em ânsia para assistir ao encontro dos líderes obstruíram o caminho, mas garantiram que houve uma salva de palmas orquestrada em homenagem ao Chefe de Estado latinoamericano.
No meio da confusão, um detalhe roubou a
atenção de todo mundo. Sem contar com bandeiras brasileiras, o cerimonial local
improvisou algumas com pincel e costuras, e ainda se deu ao trabalho de
escrever Ordem e Progresso. Ou pelo menos tentaram.
Praia, sol e lata
Dizem que o Sudeste Asiático tem as mudas de maconha mais puras do
mundo. E em fins de 1987, o boato foi posto à prova, quando a tripulação do
navio Solana Star, que estava ancorado na Baía de Guanabara,
ouviu, não se sabe como, a informação de que estava prestes a ser interceptado
pela Polícia Federal a pedido da Drug Enforcement Agency (DEA) dos Estados
Unidos. Motivo: a embarcação levava uma carga de quase 20 toneladas da droga,
vinda de Cingapura.
O medo e a cautela fizeram seus
tripulantes atirar toda a cannabis, guardada cuidadosamente em
latas de leite em pó, na Baía de Guanabara. Por força das correntes marítimas,
milhares dessas latinhas chegaram à costa brasileira, na faixa litorânea que
vai de Santa Catarina ao Rio de Janeiro. Estava inaugurado o infame “Verão da
Lata”, quando a juventude dourada dos anos 1980 teve, digamos, um incentivo a
mais para ir à praia. O impacto do acontecimento foi tão grande que ele rendeu
camisetas, marchinha, letras de música e a gíria “da lata”, que significaria
“de qualidade”.
Quem? O barão?
Reconhecidamente uma das
grandes figuras da diplomacia e da política do Brasil, Rio Branco teve uma
formação exemplar. Ninguém imagina, entretanto, que, ao entrar na Faculdade de
Direito de São Paulo, em 1862, teve que gritar com outros calouros, no trote
que recebeu dos veteranos: “Juro e prometo por esta zorra que hei de ser burro
até que morra!”.
Olhando hoje para o desenho do mapa do
Brasil – resultado da habilidade diplomática de Rio Branco –, vemos que nem
sempre as profecias e juras se concretizam.
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