“E agora que vocês viram no que a coisa deu, jamais esqueçam como foi que tudo começou” (Bertolt Brecht)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Ofícios de outrora

Em Minas,museu dedicado ao trabalho resgata profissões derrubadas pelas indústrias.
     Por onde andam os calceteiros, tropeiros e funileiros? Varridas do mapa desde que as grandes indústrias começaram a pipocar pelo mundo, profissões como essas deixaram seu rastro no Museu de Artes e Ofícios (MAO). Com ferramentas que fazem as novas gerações franzirem a testa, o acervo conta a história da labuta desde o século XVIII aos dias de hoje.
     São mais de dois mil objetos confeccionados em madeira, ferro, couro e cerâmica. Tudo feito na munheca, conforme pediam aqueles tempos. A localização do museu é adequada: fica na Praça Rui Barbosa, s/n, Centro, colado à Estação Central de Belo Horizonte, por onde passam milhares de trabalhadores todos os dias. Visitas às terças, quintas e sextas, das 12h às 19h, fins de semana das 11h às 17h e quartas-feiras das 12h às 21h. Ingressos a R$ 4 (meia-entrada para estudantes e idosos). Aos sábados, a entrada é franca.
     Mais informações no site do MAO ou pelo telefone: (31) 3248-8600.

Telefonista
Além de solícitas, as telefonistas tinham que ser discretas: afinal, precisavam ouvir a conversa inteira dos assinantes para que, após a despedida, encerrassem a ligação.
     “Número, faz favor”, atendia a voz doce, que às vezes ouvia não o número a ser chamado, mas uma declaração de amor vinda do outro lado da linha. Além de solícitas, as telefonistas tinham que ser discretas: afinal, precisavam ouvir a conversa inteira dos assinantes para que, após a despedida, encerrassem a ligação.
     A profissão que empregou milhares de mulheres no Brasil durante a primeira metade do século XX surgiu nos Estados Unidos em 1876: no início, eram homens que faziam a conexão para as conversas quando notavam a luz piscando no painel da central telefônica. Depois a função passou a ser predominantemente feminina. Além de terem a voz suave, facilmente reconhecível nas chamadas ainda cheias de ruídos, as damas eram consideradas mais educadas e “faladoras”. Num momento em que a mulher começava a entrar no mercado de trabalho, ser telefonista não trazia muitos problemas em casa, já que o expediente tinha horário fixo e a tarefa era executada em espaço fechado, junto a outras moças.
     Durante a Segunda Guerra (1939-1945), telefonistas do mundo inteiro trabalharam dia e noite para transmitir recados urgentes, que poderiam salvar vidas. “Nesses instantes dramáticos em que o seu esforço é incompreendido, a telefonista lança ao mundo a súplica dos heróis humildes, obscuros, esquecidos”, escreveu um repórter na revista Sino Azul, em maio de 1943. Nos anos 1970, com a difusão de aparelhos eletrônicos, o serviço de telefonista começou a cair em desuso, assim como boa parte do romantismo da profissão original. Migrando para “centrais de atendimento ao cliente” de empresas, e em vez de ouvirem conversas de outras pessoas, aturam irritadas reclamações, quase sempre passando o problema adiante.

Acendedor de lampiões e Cocheiro
Profissões que desaparecem ou se transformam podem ajudar a contar a história de uma sociedade. Relembre os ofícios de acendedor de lampiões e cocheiro.

Acendedor de lampiões
     “Lá vem o acendedor de lampiões da rua!/ Parodiar o sol e associar-se à lua”, saudava o poeta Jorge de Lima em 1909. Hoje poucos sabem, mas antes de as cidades serem amplamente iluminadas pela luz elétrica, lampiões eram colocados em pontos estratégicos da cidade. E acendê-los era uma função muito apreciada.
     Os acendedores de lampiões entravam em cena no finzinho da tarde, com uma vara especial dotada de uma esponja de platina na ponta. Ao amanhecer, apagavam, limpavam os vidros e abasteciam, quando necessário. Em 1830, na cidade de São Paulo, usavam azeite como combustível. Somente na metade do século o gás chegou à capital paulista. No Rio de Janeiro, em 1850, o célebre barão de Mauá iluminou a atual Av. Presidente Vargas da mesma maneira.
     O lampião a gás foi inventado em 1792, na Inglaterra, e serviu para aumentar a jornada de trabalho nas fábricas. Mas seu impacto foi ainda maior no dia a dia das cidades. Com eles, a noite ganhou vida. Teatros, cafés, restaurantes – a vida social passou a não depender mais da luz do sol. Nas noites de lua cheia, quando era possível aproveitar a luz natural, os acendedores eram dispensados de sua função. Até que em 1879 a iluminação elétrica foi anunciada em grande escala. Durante um bom tempo, os dois sistemas coexistiram, mas, pouco a pouco, a novidade ganhou mais espaço. No último dia de 1933, seguindo o curso inevitável da modernidade, apagou-se o último candeeiro na cidade do Rio de Janeiro. Junto com ele desaparecia a simpática profissão de acendedor de lampiões.

Cocheiro
     Antes da chegada da família real, não era fácil se deslocar no Brasil. Andava-se a pé, em carros de boi ou no lombo de animais. A partir de 1808... continuou difícil. Mas, em compensação, que classe! Junto com a nobreza europeia vieram coches, carruagens, seges e cabriolets, que fizeram a alegria dos mais abastados. Para o resto da população, a única maneira de utilizar os novos meios de transporte era conseguindo o emprego de cocheiro.
     Nas décadas seguintes, a profissão ganhou espaço, com o surgimento de novas opções de transporte, como veículos coletivos e carroças. Os cocheiros estavam por toda parte, mas não tinham vida fácil. Em protesto contra os baixos salários, multas e excesso de horas trabalhadas, eles organizaram várias greves. João do Rio, em A alma encantadora das ruas (1908), descreve outros problemas: “O ofício, longe de tornar ágeis os corpos, faz lesões cardíacas, atrofia as pernas, hipertrofia os braços”.
     A chegada dos automóveis, produzidos em larga escala, praticamente decretou o sumiço dos cocheiros nos centros urbanos. Hoje eles são vistos naquelas cerimônias metidas a chiques que resolvem ressuscitar as carruagens. Provavelmente, meros atores contratados para o papel. Para encontrar um mais próximo do “original”, melhor buscar, numa cidade do interior, o clássico passeio de charrete. 

sábado, 12 de janeiro de 2013

Especial - Alejandro Gonzáles Iñárritu

     Mexicano nascido a 15 de agosto de 1963, na Cidade do México, apelidado de El Negro, faz parte do seleto grupo de diretores latino-americanos a atingir reconhecimento mundial nos últimos anos. Em 1984, porém, ele era apenas um DJ de uma rádio da Cidade do México. Nessa época, estudava teatro e cinema, o que o ajudou a se tornar, no final da década de 80, um produtor da Televisa, uma das maiores redes de televisão do continente. Com bons contatos e muito talento, ele conheceu o roteirista Guillermo Arriaga, com o qual assinou o script de Amores Brutos. Foi a sua primeira experiência ao dirigir um longa-metragem e se tornou também a primeira vez que ele apresentou um filme no Festival de Cannes. O filme foi também indicado ao Oscar, na categoria Melhor Filme Estrangeiro.
     Junto com Win Wenders, Sean Penn, Amos Gitai e outros grandes cineastas, dirigiu um dos onze episódios de 11´09´´01 - September 11, no qual 11 diretores faziam interpretações do atentado ao World Trade Center, em Nova York. Consagrado após apenas duas obras, ele conseguiu acesso a Hollywood e fez 21 Gramas, com o porto-riquenho Benicio Del Toro e Naomi Watts. O filme também foi aclamado. Em 2006, com Babel, o terceiro trabalho da dupla, ele venceu o Festival de Cannes.
PREMIOS:
·         Prêmio da Crítica no Festival de Cannes, por Amores perros (2000)
·         Prêmio da Crítica na Mostra Internacional de São Paulo, por Amores perros (2000)
·         Ganhou o BAFTA de Melhor Filme Estrangeiro, por Amores perros (2000)
·         Palma de Ouro em Cannes como Melhor Diretor por Babel (2006)
Filmes:
Amores Brutos (Amores Perros)
Em plena Cidade do México, um terrível acidente automobilístico ocorre. A partir deste momento, três pessoas envolvidas no acidente se encontram e têm suas vidas mudadas para sempre. Um deles é o adolescente Octavio (Gael García Bernal), que decidiu fugir com a mulher de seu irmão, Susana (Vanessa Bauche), usando seu cachorro Cofi como veículo para conseguir o dinheiro para a fuga. Ao mesmo tempo, Daniel (Álvaro Guerrero) resolve abandonar sua esposa e filhas para ir viver com Valeria (Goya Toledo), uma bela modelo por quem está apaixonado. Também se envolve no acidente Chivo (Emilio Echevarría), um ex-guerrilheiro comunista que agora atua como matador de aluguel, após passar vários anos preso. Ali, em meio ao caos, ele encontra Cofi e vê a possibilidade de sua redenção.
Direção: Alejandro G. Iñárritu
Ano: 2000
Áudio: Espanhol/Legendado
Duração: 145 minutos

21 Gramas
A exemplo do filme anterior de Arriaga e González Iñarritu, Amores brutos (2000), 21 Gramas entrelaça vários enredos, ao redor das consequências de um trágico acidente automobilístico. Penn interpreta um matemático acadêmico em estado crítico de saúde, Watts interpreta uma mãe ferida pelo luto, e del Toro interpreta um ex presidiário, convertido ao cristianismo, cuja fé é impiedosamente testada, com o resultado do acidente.
21 Gramas é apresentado em uma estrutura não-linear, onde as vidas dos personagens são retratadas antes e depois do acidente. Cada um dos três personagens principais tem 'passado', 'presente' e 'futuro', os quais são mostrados como fragmentos não-lineares que pontuam elementos da história como um todo, todos aproximando-se um dos outros e aderindo-se enquando a estória avança.
O título refere-se a uma teoria propagada na pesquisa de 1907 do físico dr. Duncan MacDougall, que se propunha a fornecer evidências científicas da existência da alma humana, através do registro de uma pequena perda de massa corpórea (representando a partida da alma) imediatamente após a morte. A pesquisa, mostrou grandes variações de resultados (21 gramas é uma quantia arbitrária; os verdadeiros resultados de MacDougall não apresentaram média confiável), e foram firmemente rejeitados pela comunidade científica, mesmo em sua época. O filme apresenta as descobertas de MacDougall como aceitas cientificamente em forma de licença poética.
Direção: Alejandro G. Iñárritu
Ano: 2003
Áudio: Dublado
Duração: 119 minutos

Babel
Um ônibus repleto de turistas atravessa uma região montanhosa do Marrocos. Entre os viajantes estão Richard (Brad Pitt) e Susan (Cate Blanchett), um casal de americanos. Ali perto os meninos Ahmed (Said Tarchani) e Youssef (Boubker At El Caid) manejam um rifle que seu pai lhes deu para proteger a pequena criação de cabras da família. Um tiro atinge o ônibus, ferindo Susan. A partir daí o filme mostra como este fato afeta a vida de pessoas em vários pontos diferentes do mundo: nos Estados Unidos, onde Richard e Susan deixaram seus filhos aos cuidados da babá mexicana; no Japão, onde um homem (Kôji Yakusho) tenta superar a morte trágica de sua mulher e ajudar a filha surda (Rinko Kinkuchi) a aceitar a perda; no México, para onde a babá (Adriana Barraza) acaba levando as crianças; e ali mesmo, no Marrocos, onde a polícia passa a procurar suspeitos de um ato terrorista.
Direção: Alejandro G. Iñárritu
Ano: 2006
Áudio: Inglês, Espanhol, árabe.../Legendado
Duração: 144 minutos

Biutiful
Catalunha. Uxbal (Javier Bardem) coordena vários negócios ilícitos, que incluem a venda de produtos nas ruas da cidade e a negociação do trabalho de um grupo de chineses, cujo custo é bem menor por não serem legalizados e viverem em condições precárias. Além disto, ele possui o dom de falar com os mortos e usa esta habilidade para cobrar das pessoas que desejam saber mais sobre seus entes que partiram há pouco tempo. Uxbal precisa conciliar sua agitada vida com o papel de pai de dois filhos, já que a mãe deles, Marambra (Maricel Álvarez), é instável. Até que, após sentir fortes dores por semanas, ele resolve ir ao hospital. Lá descobre que está com câncer e que tem poucos meses de vida.
Direção: Alejandro G. Iñárritu
Ano: 2011
Áudio: Dublado
Duração: 148 minutos

Documentário:
11 de Setembro (11’9″01 – September 11)
Após os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, o produtor artístico Alain Brigand pediu a 11 diretores que contribuíssem cada um com um curta-metragem para uma coletânea que seria exibida internacionalmente. Inspirados naquele dia, todos os realizadores tiveram liberdade artística para refletir sobre o atentado, obedecendo à duração de 11 minutos, 9 segundos e 1 frame - ou 11'09''01.
Onze curta-metragens abordando diversos aspectos dos ataques terroristas aos Estados Unidos, ocorridos em 11 de setembro de 2001. Danis Tanovic e Ken Loach relacionam a data do atentado a outros acontecimentos. Tanovic lembra-se do dia 11 de julho de 1995, quando ocorreu o massacre em Srebrnica e Loach rememora que Salvador Allende foi deposto do governo chileno em 11 de setembro de 1973. Idrissa Ouedraogo realizou uma comédia reflexiva sobre Burkina Faso. Samira Makhmalbaf mostra uma professora que tenta explicar o ataque a um grupo de crianças. Sean Penn evoca a vida de uma viúva que morava à sombra das duas torres desabadas. Claude Lelouch descreve as reações de vários surdos ao evento ou que testemunharam o evento. Shonei Imamura recorre às memórias japonesas da Segunda Guerra Mundial e Mira Nair mostra os problemas das minorias étnicas. Amos Gitai dá a sua interpretação sobre o papel da mídia em uma informação de significado internacional. Alejandro González Iñárritu apresenta 11 minutos de preces na escuridão, enquanto Youssef Chahine reflete a perspectiva do Oriente Médio.
Direção: Alejandro González Iñárritu, Youssef Chahine, Amos Gitai, Shohei Imamura, Claude Lelouch, Ken Loach, Samira Makhmalbaf, Mira Nair, Idrissa Ouedraogo, Sean Penn, Danis Tanovic
Ano: 2002
Áudio: espanhol, inglês, francês, árabe, hebraico, persa/Legendado
Duração: 128 minutos

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Os Pilares da Terra (The Pillars of the Earth) Minissérie Completa.

Minissérie em 8 episódios, baseado no Best Seller de Ken Follett “Os Pilares da Terra”. O autor procura traçar o painel de um tempo varrido por conspirações, jogos intrincados de poder, violência e surgimento de uma nova ordem social e cultural, buscando captar simultaneamente o que acontece nos castelos, feiras, florestas e igrejas. É um épico sobre o bem e o mal, traição e intriga, violência e beleza. Durante esse período, é construída uma magnífica catedral em Kingsbridge, na Inglaterra. As histórias de amor e guerra entre diferentes personagens se misturam às turbulências políticas da Inglaterra do século XII, criando um mundo relevante e atual para muitas gerações.
Direção: Sergio Mimica-Gezzan
Ano: 2010
Áudio: Inglês/Legendado
Duração:+- 60 minutos cada episódio

Episódio 1 – Anarquia
Episódio 2 - Mestre Construtor
Episódio 3 - Redenção
Episódio 4 - Campo de Batalha
Episódio 5 - O Legado
Episódio 6 - Feitiçaria
Episódio 7 - Recomeço  
Episódio 8 - Obra dos Anjos

domingo, 6 de janeiro de 2013

A História do Jazz (JAZZ - Ken Burns)

Com mais de 12 horas e meia de duração, o aclamado “Jazz” conta a história da música jazz, desde suas raízes no século XIX aos dias de hoje. Uma jornada musical iniciada no blues e no ragtime, passando pelo swing, bebop e o fusion. Em 12 episódios, o aclamado documentário relaciona a música com a vida do povo americano e com a história dos Estados Unidos nos últimos 120 anos. Por meio de 2.400 fotografias, 75 entrevistas, 500 canções e 2.000 filmagens raras. Produzida por Ken Burns - um dos mais premiados e respeitados documentaristas dos Estados Unidos – e, co-produzida pela PBS (rede pública de TV americana) e pela BBC (inglesa) custou mais de US$ 13.000.000 e levou mais de 6 anos para ser produzida. “Jazz” apresenta centenas de momentos raros e clássicos, gravações e apresentações ao vivo colhidas de um século inteiro de música jazz, além de entrevistas exclusivas, clipes raros e fotografias inéditas. Alguns dos personagens que você vai encontrar em várias minibiografias: Louis Armstrong, Duke Ellington, Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Miles Davis, Thelonious Monk, John Coltrane, Glenn Miller, Chet Baker, Billie Holliday, Sarah Vaughan, Herbie Hancock - todos os grandes nomes estão aqui, bem como dúzias de artistas menos conhecidos, cujo talento e criatividade ajudaram a moldar o curso de uma verdadeira revolução musical.
Direção: Ken Burns
Áudio: Inglês / Legendado
Ano: 2002
Duração: 59 minutos cada episódio
Episódio 01-“Gumbo: Do Começo a 1917"
Episódio 02-“A Dádiva: De 1917 a 1924"
Episódio 03-“Nossa Linguagem: 1924 a 1929"
Episódio 04-"As Verdadeiras Boas-Vindas: De 1929 a 1934"
Episódio 05-"Swing: Puro Prazer: De 1935 a 1937"
Episódio 06-"Swing: A Velocidade da Celebração”
Episódio 07-"Swinging com as Mudanças: De 1940 a 1942"
Episódio 08-"Dedicados ao Caos: De 1943 a 1945"
Episódio 09-"Risco: De 1945 a 1949”
Episódio 10-"Irresistível: De 1949 a 1955"
Episódio 11-"A Aventura: De 1956 a 1960"
Episódio 12-"Uma Obra-Prima à Meia-Noite: De 1960 ao Presente".

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Especial - Wim Wenders

 “Ernst Wilhelm "Wim" Wenders nasceu em Düsseldorf (14 de agosto de 1945), em uma família católica tradicional. Seu pai, Heinrich Wenders, era um cirurgião. O uso do nome holandês, "Wim", um diminutivo do nome batismal "Wilhelm/Willem", reflete a proveniência holandesa de sua mãe. A versão holandesa do nome foi rejeitada pelas autoridades de registro civil em 1945, por não ser considerada alemã. Wim Wenders graduou-se do colégio em Oberhausen, no Vale do Ruhr. Ele, então, estudou medicina (1963–64) e filosofia (1964–65) na Universidade de Freiburg e Düsseldorf. Entretanto, Wenders desistiu dos estudos universitários e se mudou para Paris em outubro de 1966 para tornar-se um pintor. Ele fracassou em seu exame de admissão para escola nacional de cinema da França IDHEC (agora, La Fémis), e, como alternativa, tornou-se um gravurista no estúdio de Johnny Friedlander, um artista norte-americano, em Montparnasse. Durante este tempo, Wim Wenders tornou-se fascinado com cinema, e via até cinco filmes por dia na sala de cinema local.
Determinado a fazer de sua obsessão também o trabalho de sua vida, Wenders retornou para a Alemanha em 1967 para trabalhar no escritório de Düsseldorf da United Artists. Nesta época, ele entrou para a "Hochschule für Fernsehen und Film München" (Universidade de Televisão e Filme de Munique). Entre 1967 e 1970, enquanto estava na "HFF", Wim Wenders também trabalhou como crítico cinematográfico para a FilmKritik, para o jornal diário de Munique Süddeutsche Zeitung, e então para a revista Twen e para Der Spiegel.
Wim Wenders concluiu diversos curtas-metragens, antes de se graduar da Hochschule com um longa-metragem em 16mm, preto e branco, chamado Summer in the City (em português, Verão na Cidade). Desde 1996, Wenders é presidente da Academia de Cinema Europeu em Berlim”.
(Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Wim_wenders)

Alice nas Cidades (Alice in den Städten)
Baseado nas primeiras viagens de Wenders às Américas, conhecemos o personagem Philip Winter, que vai para os Estados Unidos para fazer algumas reportagens. Ele não consegue, tendo que voltar para a Alemanha. Só que o aeroporto está fechado, e ele só consegue passagem para o dia seguinte. Ele conhece uma mãe e uma filha na mesma situação, com quem divide o seu quarto em um hotel. Quando acorda na manhã seguinte, repara que a mãe da menina foi-se embora e decide assumir o papel de pai da jovem Alice.
O filme possui uma semelhança estética com O Garoto, de Charles Chaplin. O filme também influenciou Central do Brasil, produção de 1998, com Fernanda Montenegro, dirigido por Walter Salles.
Direção: Wim Wenders
Ano: 1974
Áudio: Alemão / Legendado
Duração: 107 minutos

No Decurso do Tempo (Im Lauf der Zeit)
Um técnico que conserta projetores de cinema nas cidades do interior da Alemanha auxilia um homem que sofreu um acidente de carro e está abalado pela separação da esposa. Representa a fase inicial da carreira do diretor. Ele ficou famoso por “filmes de estrada” como esse, que tem o charme de mostrar os velhos cinemas decadentes do interior (alguns viraram pornôs). O filme é uma história simples e sem grandes lances de dois solitários. Tudo narrado de forma poética e impressionista, ainda que lenta. Curiosamente tem cenas de nudez e até um momento explícito raríssimo no cinema.
Direção: Wim Wenders
Ano: 1976
Áudio: Alemão / Legendado
Duração: 168 minutos


O Amigo Americano (Der Amerikanische Freund)
Jonathan Zimmerman, proprietário de uma loja de molduras em Hamburgo, acredita estar morrendo de uma doença incurável. O seu “amigo americano”, um traficante de obras de arte chamado Tom Ripley, decide usar esse facto em seu proveito. Ripley apresenta Jonathan a um gangster francês que lhe propõe tornar-se um assassino profissional, assegurando assim uma pensão vitalícia para a sua família. A intenção de Ripley era transferir para Jonathan todos os “trabalhos sujos” que envolvessem riscos pessoais, mas tudo se altera com o evoluir da relação de amizade entre os dois homens...
Direção: Wim Wenders
Ano: 1977
Áudio: Alemão / Legendado
Duração: 120 minutos


Paris, Texas
Paris, Texas conta a história de Travis, um homem que, depois de estar desaparecido por mais de quatro anos, é reencontrado pelo irmão Walt num hospital na região desértica do Texas, próximo à fronteira com o México. Maltrapilho e com amnésia, é levado por Walt para a sua casa em Los Angeles, onde reencontra Hunter, seu filho de sete anos que foi abandonado pela mãe, Jane. Inicialmente estranhos Travis e Hunter iniciam uma reaproximação que culmina num a grande amizade e também no desejo secreto de reencontrar Jane e reconstruir sua verdadeira família.
Direção: Wim Wenders
Ano: 1984
Áudio: Inglês / Legendado
Duração: 139 minutos


Asas do Desejo
Na devastada Berlim do pós-guerra, um batalhão de anjos, entre eles os anjos Damiel (Bruno Ganz) e Cassiel (Otto Sander), invisíveis aos mortais, eles leem os pensamentos e tentam confortar a solidão e a depressão das almas que encontram...
Eles assistem às desventuras terrenas, mas não podem sentir as dores e alegrias humanas. Damiel não escapa incólume de sua condição divina, ao se apaixonar pela trapezista Marion (Solveig Dommartin) e não poder consumar seu desejo. Para poder tocá-la, ele deve deixar de ser anjo e tornar-se humano, perdendo sua condição imortal. Para guiá-lo em sua escolha, surge um anjo caído que soube fazer a transição entre os dois mundos.
Direção: Wim Wenders
Ano: 1987
Áudio: Alemão / Legendado
Duração:  122 minutos

Buena vista social club
Em 1996, o guitarrista Ry Cooder, compositor, produtor e lenda da guitarra, entrou no Egrem Studios em Havana com outros grandes músicos da música cubana, muitos deles com mais de 60 ou 70 anos e muitos já aposentados. Como resultado temos o CD "Buena Vista Social Club" que ganhou Prêmio Grammy de vendas internacionais. Quando Cooder retornou a Havana para gravar um CD solo do vocalista Ibrahim Ferrer de 72 anos, o cineasta Wim Wenders estava pronto para documentar a ocasião. Wenders dividiu o filme entre os retratos dos intérpretes que contam suas histórias diretamente a câmera enquanto passeiam pelas ruas vizinhas a Havana e uma celebração das maravilhosas músicas ouvidas em intepretações de estúdio, no primeiro concerto em Amsterdam e no segundo e último concerto no Carnegie Hall, Nova York. Uma viagem pela Cuba de agora que relembra seu passado, revivendo através da música, uma cultura esquecida e que de repente, ressurge no coração das plateias de Havana e de todo o mundo.
Direção: Wim Wenders
Ano: 1999
Áudio: Inglês, Espanhol / Legendado
Duração: 97 minutos

Pina
Pina é um filme para Pina Bausch (dançarina e coreógrafa alemã) de Wim Wenders, com o Tanztheater Wuppertal, sobre a obra única da extraordinária coreógrafa alemã que morreu em 2009. É uma viagem sensual e deslumbrante através das coreografias dançadas em Palco e em Locais da cidade de Wuppertal – cidade que durante 35 anos foi a casa e o centro de criatividade de Pina Bausch. O filme não apenas desfila pela tela os grandes números da companhia de Pina Bausch. Essas peças são costuradas por números curtos e depoimentos com os principais dançarinos da companhia. Entre peças mais breves está a coreografia "Água" (2001), dançada ao som de "O Leãozinho", de Caetano Veloso. Um dos grandes desafios foi reunir 40 tipos de música de várias épocas e países diferentes em uma mesma linha narrativa. "E não mudamos nada", afirma Wenders. "Está tudo lá como Pina concebeu.
"Direção: Wim Wenders
Ano: 2011
Áudio: Inglês, Espanhol, Português,.../ Legendado
Duração: 99 minutos