“E agora que vocês viram no que a coisa deu, jamais esqueçam como foi que tudo começou” (Bertolt Brecht)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Natal com rabanada

Possíveis origens do quitute que é hoje tradição natalina e como os nomes da guloseima em outros países podem explicar a maneira como ele é preparado e comido.
       A cena é apenas narrada, sem imagens de arquivo, mas mesmo assim, tocante. No fim do documentário “Pierre Verger: mensageiro entre dois mundos”, um amigo do fotógrafo e etnógrafo conta que um cabisbaixo Verger, já encerrando o expediente nessa vida, encontrou-se com ele e a esposa. Quando a esposa perguntou o que Verger queria para melhorar o ânimo, ele respondeu que uma guloseima que a sua mãe fazia, mas que seria impossível de reproduzir. Ao descrever o que seria tal quitute, a mulher do amigo percebeu: era rabanada! Correu para a cozinha para fritar o pão embebido de leite e ovos, tascou açúcar e canela e o francês mais baiano da História comeu chorando.
     Talvez nem todas as histórias em relação à rabanada sejam tão emocionantes, mas haverá quem diga que sempre “come chorando” uma fatia dourada dessas. Além disso, se os momentos não são tão marcantes assim, a oportunidade em que, hoje em dia, se come rabanada é única: o Natal. Ou alguém – com exceção dos espanhóis – se empanturra de pão-frito-doce no carnaval?
     O antropólogo Raul Lody autor do “Dicionário do doceiro brasileiro”, além de “À mesa com Gilberto Freyre”, é outro desses que come o doce em qualquer época do ano. Ele explicou em um texto que a rabanada nasceu dentro de um contexto de reaproveitamento do pão, um ingrediente sagrado para os católicos por representar o corpo de cristo.
     “Então, é costume não se jogar o pão fora, e se algum pedaço é desperdiçado deverá ser beijado, verdadeira reverência ao sagrado”,
escreve ele.
     Como a grande maioria das tradições natalinas, a rabanada também é importada. A origem é incerta, o mais provável seja uma incorporação de hábitos franceses – daí como os anglófilos a chamam: French toast. Há informações contraditórias, porém. Há quem diga - americanos, em geral - que seria uma receita espanhola da Idade Média. Outros dizem que fritar pão não tem exatamente uma origem única, porque seria uma forma generalizada de melhorar o gosto do alimento nosso de cada dia. Nesse caso, a primeira referência, segundo o famoso dicionário de inglês Oxford, dataria de 1660.
     Por último, há os partidários de que a citação original de uma receita sobre fritar pão estaria em Apicius: "Aliter dulcia: siligineos rasos frangis, et buccellas maiores facies. in lacte infundis, frigis [et] in oleo, mel superfundis et inferes." – numa tradução bem livre: "Um outro doce: Corte sigilinos [um tipo de pão de trigo] em pedaços grandes. Banhe no leite, frite no óleo, mergulhe em mel e sirva". Um outro nome dado para essa rabanada pré-cristã é pan dulcis.
     Mesmo que não se tenha uma certeza, a expressão como os conterrâneos de Verger chamam o quitute pode explicar um pouco sua origem: pains perdus, que quer dizer “pão perdido” literalmente. Apesar de hoje já venderem pão para rabanada e usarem outros tipos de pães, brioches ou panetones como matéria-prima, o único ingrediente que se repete na imensa maioria das receitas é: pão do dia seguinte. As receitas se referem ao pão que não se pode mais comer porque está duro, um pão dormido, um pão perdido. Portanto, a rabanada é uma forma de salvar o pão. Muito natalino, não?
     Outro termo que tem um pouco da explicação da origem – ou pelo menos, de um dos usos – da rabanada é como parte de Portugal as chama: pão parida, ou somente fatias de parida, ou o nome inteiro: pão de mulher parida. Misture pão (trigo), ovos, leite, açúcar e frite, e você tem, além de rabanadas, uma bomba calórica, cheio de energia. Dizem que era bom para mulheres amamentando porque daria leite. E também explica um pouco o costume de comer as Fatias douradas (outro nome português que é autoexplicativo) no nevado Natal europeu: se esquentar de dentro para fora.
     Por fim, a origem de “rabanada”. O mais provável seja uma adaptação do espanhol “rebanada” que quer dizer... fatias. Imagine fritar uma baguete?
     Como qualquer texto sobre rabanadas não estaria completo sem uma boa receita, clique
aqui para saber uma do padeiro francês Olivier Anquier.

Saiba Mais: Documentário
Pierre Verger: mensageiro entre dois mundos
Verger: Mensageiro entre Dois Mundos traz um importante trabalho de pesquisa realizado pelo diretor Lula Buarque e o roteirista Marcos Bernstein (Central do Brasil), que estiveram na África, na França e na Bahia em busca da trajetória do fotógrafo e etnógrafo francês Pierre Verger.
Gilberto Gil é quem narra e apresenta Verger: Mensageiro entre Dois Mundos. O filme traz a última entrevista de Pierre Verger (filmada um dia antes de seu falecimento, em 11 de fevereiro de 1996), além de extenso material fotográfico, textos produzidos por Verger e depoimentos de amigos como o documentarista Jean Rouche (Musée de l´Homme, Paris), Jorge Amado, Zélia Gattai, Mãe Stella, Pai Agenor Maurice Baquet, Mestre Braga, Mestre Zé Carlos, Mestre Curió, Mestre João Grande, Mestre Neco, Mestre Pastinha, Mestre João Pequeno e o historiador Cid Teixeira.
A tão famosa ponte criada por Verger entre a cultura negra na Bahia e na África, rompida desde os anos 40, é reestabelecida no filme quando Gilberto Gil refaz o papel de Mensageiro e percorre os mesmos caminhos do fotógrafo.
Outra descoberta de Verger apresentada no filme, são os descendentes da única colonização feita por brasileiros: os "Agouda", africanos, habitantes do Benin e da Nigéria, que ainda hoje cultivam influências brasileiras trazidas por ex-escravos que retornaram do Brasil ao continente africano
Direção: Lula Buarque de Hollanda
Ano: 1998
Áudio: Português/Legendado
Duração: 83 minutos

sábado, 22 de dezembro de 2012

Apocalipse agora

Em entrevista à Revista de História, a pesquisadora Elaine Pagels, professora da Universidade de Princeton, fala sobre as teorias apocalípticas ontem e hoje.
Tempos de guerra e de crise costumam fortalecer movimentos místicos. No horizonte despontam as terríveis profecias do Juízo Final. Dois mil anos depois de escrito, o Livro do Apocalipse mantém-se renovado em inúmeros corações e mentes. Como explicar tal mistério?
Foi com essa inquietação que a historiadora Elaine Pagels, uma das mais respeitadas conhecedoras de escritos sagrados, decidiu pesquisar o também chamado Livro das Revelações. Em seu livro recém-lançado (Revelations: Visions, Prophecy, and Politics in the Book of Revelation, ainda sem tradução), ela explica que não há apenas um, mas vários textos do Apocalipse, que seu autor provavelmente não era apóstolo de Cristo e que as imagens demoníacas ali descritas tinham inspirações bem terrenas.
Nesta entrevista, a professora da Universidade de Princeton (Estados Unidos) dessacraliza os textos religiosos, compreendidos em seu contexto histórico e político.
REVISTA DE HISTÓRIA O que chamou sua atenção para o Livro do Apocalipse?
ELAINE PAGELS Começou em 2002, quando o presidente dos Estados Unidos [George W. Bush] defendeu a invasão do Iraque utilizando a expressão “Eixo do Mal”. Foi assim que promoveu a guerra: não por uma decisão estratégica, mas por uma decisão moral. Quase uma missão religiosa. Eu pensei: por que ainda tem gente lendo esse velho livro, e lendo desse jeito?
RH De que outra forma ele pode ser lido?
EP O Apocalipse é sobre sonhos e visões. Sugere que, quando o mundo está complicado e confuso, as pessoas podem sentir que tudo está fora de controle, mas tudo vai ficar bem: a justiça de Deus vai prevalecer e haverá um novo mundo. É um livro sobre esperança, para pessoas que estão ansiosas diante de uma circunstância caótica.
RH Isso dizia respeito à época em que foi escrito?
EP Certamente. O autor vivia no período subsequente ao da terrível guerra dos judeus contra Roma no século I. Ele queria persuadir seus companheiros judeus, que acreditavam em Jesus, de que a opressão romana estava destruindo o povo inteiro. E persuadi-los de que nem tudo estava perdido; a justiça divina seria feita. As imagens são muito específicas daquele tempo. O Império Romano como a Besta, cujo número representa o nome de Nero [37-68], que acreditavam ser o pior imperador que se pode ter. Para os leitores da época, isso era de um simbolismo transparente. Todo mundo sabia que a Besta e a Meretriz representavam o Império Romano.
RH O homem que escreveu o Apocalipse não é o mesmo que escreveu O Evangelho segundo João?
EP A maioria dos estudiosos acha que não é a mesma pessoa. O autor do Apocalipse retrata os doze apóstolos como se eles já tivessem morrido. Eles também têm seus nomes nos doze portões da cidade, e o autor nunca disse que era um deles.
RH Por que o livro só entrou no Novo Testamento dois séculos depois de escrito?
EP Isso me fascinou: mesmo depois que o imperador Constantino [272-337] se tornou cristão, o bispo Atanásio de Alexandria [ca. 295-373] não usou o Apocalipse durante 25 anos. Só depois, quando o filho de Constantino [imperador em sucessão ao pai] opôs-se a ele e o exilou, é que decidiu incluir o livro no Novo Testamento. Estava tão zangado e furioso que aquela foi sua forma de contra-atacar: “Como pode esse imperador não ser o Anticristo? Ele é obviamente a Besta”.
RH Houve outras leituras do Apocalipse na história do cristianismo?
EP A Bíblia original de Martinho Lutero [1483-1546], quando ele dividiu o mundo cristão, tinha imagens feitas por um amigo seu, chamado Lucas Cranach. E as ilustrações do Apocalipse retratam a Meretriz da Babilônia como sendo o papa de Roma. Ao mesmo tempo, o primeiro biógrafo católico de Lutero retratou-o como a Besta de sete cabeças. Essas imagens de sonho e pesadelo são tão abertas que qualquer um pode usá-las, a qualquer tempo. Para alguns católicos do século XVI, a Grande Meretriz era a rainha Elizabeth I [1553-1603].
RH As versões do livro encontradas no século XX são diferentes?
EP Sim, elas falam sobre achar acesso direto a Deus, e não sobre o fim do mundo. Provavelmente foram feitas para cristãos em um nível avançado, como monges e pessoas engajadas na prática espiritual. Acho que foram suprimidas pela Igreja mais tarde, porque sugeriam que os homens podiam achar Deus por conta própria.
RH Imagens apocalípticas costumam ganhar força em tempos de guerra?
EP São muito úteis. Na Segunda Guerra Mundial [1939-1945], alguns diziam que Hitler era o Anticristo, enquanto os nazistas diziam que ele estava trazendo o reino de Cristo. O Apocalipse foi usado na Primeira Guerra Mundial [1914-1918], na Guerra Civil Americana [1861-1865], sempre por pessoas dos dois lados. Ele permite interpretar qualquer conflito como um conflito entre o Bem e o Mal. E o único modo como podemos lidar com as pessoas do Mal é conquistando-as ou destruindo-as.
RH Até ateus e agnósticos se identificam com essas ideias?
EP Ah, sim. Uma vez, ouvindo o biólogo Edmund Wilson, da Universidade de Harvard, falar sobre mudanças climáticas e a destruição do sistema ecológico, eu brinquei que aquilo soava como o Livro do Apocalipse. Ele disse: “Ah, sim, eu sou um batista”. Ao falar sobre ecologia, era como se fosse um sermão batista.
RH Como o Apocalipse alimenta o fanatismo atual, em seitas cristãs e vertentes do movimento islâmico?
EP Nos Estados Unidos, uma grande quantidade de cristãos acha que o fim do mundo está chegando. Isso é preocupante. No Corão há imagens da batalha final, do julgamento final. Alguns muçulmanos leem isso como uma batalha entre eles e os não muçulmanos. Outros interpretam como uma guerra do espírito, não uma guerra de verdade.
RH O Apocalipse já foi usado em favor da ética?
EP Sim, como quando Martin Luther King Jr. [1929-1968] luta contra a injustiça racial. Ele e vários cristãos afro-americanos usaram a linguagem do Apocalipse. Falam sobre a promessa de um mundo que vai reverter as injustiças. As pessoas hoje oprimidas serão felizes.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Maria da Penha demora a sair do papel

Na imagem abaixo, alguns dados que ressaltam a assustadora realidade da violência contra a mulher no Brasil.
     Embora o Brasil conte com um das mais avançadas leis de proteção à mulher do mundo, a 11.340/06 (conhecida como Lei Maria da Penha), ainda deixa a desejar quando o assunto é efetividade no seu cumprimento. Nos seis anos de vigência da legislação, a burocracia no processo de registro das denúncias e o número ainda insuficiente de delegacias especializadas foram (e ainda são) obstáculos às denúncias de casos de abuso contra mulheres.
     Dados da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República dão conta que há, no país, 466 delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam), 190 Centros de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência (atenção social, psicológica e orientação jurídica) e apenas 72 Casas abrigos (locais para acolher mulheres que correm o risco de morrer). Esta estrutura, segundo Ana Teresa Iamarino, coordenadora geral de acesso à justiça e combate à violência da Secretaria, ainda é pequena se for levado em conta o tamanho do Brasil, que tem mais de cinco mil municípios. Para ela, desde sua vigência, a Maria da Penha cumpriu um papel fundamental: o de desnaturalizar todas as formas de violência contra a mulher. Mas “chegou o momento de dar efetividade a lei”, afirma. Para isso, a Secretaria vai apostar em ampliar em 30% a infraestrutura de atendimento disponível.
     Além da ampliação da infraestrutura de atendimento, é preciso tornar o processo de registro nas delegacias menos burocrático. Segundo Ana Teresa, as mulheres que vão às Deams enfrentam um caminho penoso. Depois de registrarem queixa, elas são encaminhadas para o Centro de Atendimento a Mulher (Ceam). De lá, cada caso é enviado para um órgão específico, de acordo com o tipo de violação sofrida. Os casos que necessitam de proteção são direcionados para a defensoria pública local. Em situações de lesão, as vítimas precisam ser encaminhadas para o Instituto Médico Legal (IML). Segundo a Dra. Celia Rosa, que está à frente das Deams do Rio de Janeiro, neste percurso as vítimas são obrigadas a contar e recontar seu drama, o que gera tensão e constrangimento. “Cada vez que a mulher vai para um local diferente tem que contar novamente a mesma história de agressão. Isso faz com que tenha que reviver a história de violação inúmeras vezes”, afirma.
     Além disso, o Ministério Público exige que as vítimas levem testemunha. “O procedimento para abertura de inquérito de violência doméstica exige que o fato tenha sido testemunhado. Só que muitas vezes esse tipo de violação acontece sem que ninguém veja”, observou Celia Rosa.
     Desde 2006, o Disque Denúncia registrou 2,7 milhões de atendimentos. Desse total, 329,5 mil (14%) são relatos de violência contra a mulher enquadrados na lei. No primeiro semestre de 2012, o serviço registrou 388,9 mil atendimentos (13% a mais que o mesmo período de 2011), dos quais 56,6% (47,5 mil) foram relatos de violência física. A violência psicológica conta 27,2% (12,9 mil) dos registros no período. Relacionadas à violência moral foram 5,7 mil chamadas (12%). Consta ainda 915 atendimentos relativos à violência sexual (2%) e 750 à patrimonial (1%). Em 66% dos casos, os filhos presenciam as agressões contra as mães. Os principais agressores são companheiros e cônjuges, e correspondem a 70% das denúncias neste ano. Ex-marido, ex-namorado e ex-companheiro são, em 89% dos casos, os responsáveis pelos atos de violência.
     Para Iara Amora, coordenadora dos trabalhos com mulheres jovens da Casa da Mulher Trabalhadora (Camtra), se por um lado as mulheres estão buscando mais as Deams no Rio de Janeiro, por outro o aumento do número de processos instaurados revela o quanto as mulheres desconhecem seus direitos. “Muitas vezes quando as mulheres chegam nas delegacias desinformadas sobre todos os seus direitos. Elas não sabem o que está previsto em lei, como as medidas em caráter de urgência para garantir a segurança da vítima”.
     As chamadas medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha podem ser concedidas no prazo máximo de 48 horas, mesmo antes da realização da audiência. Amora explica que é possível assegurar o afastamento do agressor do lar, suspensão do porte de armas, fixação de um limite mínimo de distância, entre outras.
     Apesar das debilidades da lei em relação à sua execução pelo poder público, Amora lembra sua importância para os movimentos de mulheres. “É fundamental entender que a lei Maria da Penha tornou a violência contra a mulher um problema público, retirando essa discussão do debate privado e abrindo caminhos para o debate aberto de maior visibilidade”, ressalta.
     Vale lembrar que uma cartilha lançada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em parceria com o Instituto Maria da Penha e a Secretaria de Política para as Mulheres está em circulação desde a comemoração dos seis anos de cumprimento da lei. “Quanto custa o seu machismo” traz explicações, benefícios e procedimentos para proteção e denúncia contra violência doméstica.
     A intenção é facilitar o acesso ao texto legal para que toda a sociedade tome conhecimento e mais mulheres possam fazer valer seus direitos, denunciando atos de violência a que foram submetidas.

Clique para baixar a cartilha: Mulher VIRE A PÁGINA...

Saiba Mais - Filme
Em Nome de Deus (The Magdalene Sisters)
Baseado em fatos reais, essa é a história de três jovens mulheres que são mandadas para um convento por seus familiares, para “pagar por seus pegados”. Os pecados variavam entre ser mãe solteira, ser bonitas ou feias demais, retardadas mentalmente, ignorantes ou inteligentes, ou vítimas de estupro. E por seus pecados, eram punidas por tempo indeterminado, o que significa uma vida de trabalhos forçados na lavanderia do asilo católico. Conhecidas como “As Irmãs Magdalena”, elas são humilhadas e castigadas fisicamente pelas madres, que não toleram desobediência. A sentença dessas moças era indefinida. Milhares de mulheres viveram e morreram nesses Lares.
O filme mostra o ponto de vista dessas jovens mulheres durante os anos sessenta, que se encontram em um pesadelo quase medieval, enquanto o mundo exterior, silenciosamente, (ou em alguns casos, ativamente) apoia o estado teocrático. O último Asilo Madalena na Irlanda foi fechado em 1996.
Ganhador do Leão de Ouro no Festival de Veneza. Em Nome de Deus, é um filme perturbador, contundente e polêmico, que mexe com a gente e provoca intensas discussões.
Direção: Peter Mullan
Ano: 2002
Áudio: Inglês / Legendado
Duração: 115 minutos

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

De Aristóteles a Stephen Hawking

“Devemos todos, filósofos, cientistas, e mesmo leigos, ser capazes de fazer parte das discussões sobre a questão de por que nós e o universo existimos. Se encontrarmos a resposta para isso teremos o trunfo definitivo da razão humana; porque, então, teremos atingido o conhecimento da mente de Deus… “
(Stephen W. Hawking)
Será que o Universo teve um começo? Aconteceu mesmo um BIG BANG? O que é Espaço? Haverá uma Alma Universal? Para onde nos leva a mecânica quântica? Caberá o Universo inteiro dentro de uma molécula da mente humana? O que é Deus? Poderá o Homem participar da criação do mundo? Plantas e animais têm alma? Seremos todos eternos? Estas e outras tantas questões atuais têm sido, na verdade, levantadas por estudiosos ao longo de toda a história da humanidade.
Escrito, dirigido e apresentado pelo documentarista grego Paul Pissanos, De Aristóteles a Stephen Hawking busca respostas na análise das teorias de filósofos clássicos, incluindo Pitágoras, Protágoras, Platão, Sócrates, Anaxágoras, Aristóteles e Plotino, sobre o “início do mundo”. Série com 12 episódios divididos em 4 DVDs apresenta, além de encenações, a participação de professores e cientistas dos campos da filosofia, física, astrofísica, matemática e teologia, tanto da Grécia quanto de conceituadas universidades internacionais.
Direção: Paul Pissanos
Ano 2006
Áudio: Português
Duração: 29 min. cada Episódio
Tamanho: +- 280 MB/cada Episódio
Clique no episódio para baixar

 O Universo Teve Um Começo?
• Introdução para o Conhecimento do Cosmos
• A Agonia em Demonstrar a Estrutura do Universo
• A Teoria do Big Bang
• Aristóteles
• O que veio antes pela lógica? – Acontecimento ou Lei?
• Hawking, Filósofos e leis
• Materiais Estruturais do Universo.
• O que existia antes do Início?
• O Real e o Irreal
• O Conjunto
Existe uma Alma Universal?
• O Planeta Terra e o Homem
• O Conceito da Luz nas Antigas Religiões Gregas
• A Procura de Deus
• A Evolução e a Degeneração do Mundo
• A Matéria se Estende ao Espírito
• “Indeterminação” e a Fábrica do Universo
• É Cosmogonia, Cosmografia
• “O Pai, O Filho e a Ciência”
• O Domínio Universal do Homem
O Que é Deus?
• A Natureza Universal da Alma
• A Nulificação do Tempo-Espaço
• Pensamentos de Aristóteles
• A Luz da Alma
• Amor Platônico
• A Natureza nos Ensina
Como Funciona a Natureza?
• As Coisas Mais Estranhas da Natureza
• O Olho do Sapo e do Inseto
• Radar e o Morcego
• A Teoria de Darwin
• Como a Ciência Contemporânea Revela o Universo e o Homem
• O Universo Cabe em uma Romã
• Síndrome Titanic
• O Fim, Para um Novo Começo

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O Universo de Stephen Hawking

O documentário aborda as teorias sobre o aparecimento do universo, sua complexidade e seu eventual colapso. Stephen Hawking é um dos poucos a decifrar parte desses mistérios e também pioneiro na transposição de conceitos científicos para a realidade dos leigos.
Em O Universo de Stephen Hawking, você conhecerá as conclusões de Hawking sobre a origem do universo, a magnitude das galáxias, a existência de vida em outros planetas e as chances de que tudo isso deixe de existir um dia. Verá outras galáxias, como seria a vida inteligente fora da Terra e avaliará a possibilidade de que as cenas de filmes se tornem ou não reais. Conseguiremos um dia viajar no tempo? O cosmos é uma bomba-relógio prestes a explodir? E se for, quais são os sinais que indicam seu futuro desaparecimento? São algumas perguntas respondidas por Stephen Hawking
Começando com o nascimento das galáxias, Stephen Hawking teoriza sobre a relação entre o Big Bang e o eventual fim do universo. Compara uma possível visita de extraterrestres ao nosso planeta com a chegada de Cristóvão Colombo à América. “Isso não correu muito bem para os nativos”, comentou. Procurar contato com extraterrestres “é um pouco arriscado demais”, alertou.
Direção: Philip Martin
Ano 2009
Áudio: Inglês / Legendado
Duração: 49 min. cada Episódio
Tamanho: +- 500 MB/cada Episódio
Clique no nome do episódio para baixar

Episódio-1 Ver para crer – A evolução da astronomia, dos matemáticos da Grécia Antiga ao telescópio Hubble
Episódio-2 No princípio – O big bang e a colaboração da Igreja nas descobertas sobre a criação do universo
Episódio-3 Alquimia cósmica – De que matérias são feitas as galáxias, as estrelas e tudo aquilo que nos cerca
Episódio-4 Buracos negros e além – As misteriosas “lacunas” espaciais que devoram qualquer coisa que se aproxime.
Episódio-5 Matéria escura – A estranha substância invisível que compõe mais de 90 % de todo o espaço sideral.
Episódio-6 Respostas para tudo – Teoria da relatividade e física quântica explicam o funcionamento do universo. 

domingo, 9 de dezembro de 2012

A História Da Ciência: Poder, Prova e Paixão

“Há algumas grandes questões que nos intrigam e perseguem desde o surgimento da humanidade.
O que há lá fora? Como chegamos até aqui? Do que o mundo é feito? A história de nossa busca para responder tais questões é a história da ciência. De todos os empreendimentos humanos, a ciência teve o maior impacto em nossas vidas, sobre como vemos o mundo, sobre como vemos nós mesmos. Suas ideias, feitos e resultados estão ao nosso redor. Como chegamos ao mundo moderno? Isso é ainda mais surpreendente e humano do que possam imaginar.
A história da ciência habitualmente é contada como uma série de momentos de revelação. O triunfo final da mente racional. Mas a verdade é que o poder e a paixão, disputa e o acaso tiveram papéis igualmente importantes.
Nesta série, oferecerei uma visão diferente sobre como a ciência acontece. Ela foi definida tanto pelo que está fora como dentro do laboratório. Esta é a história de como a história fez a ciência e de como a ciência fez a história, e de como as ideias produzidas mudaram nosso mundo”. (Michael Mosley)
Direção: Michael Mosley
Ano: 2010
Áudio: Inglês/Legendado
Duração: 59 minutos (cada episódio)

1º Episódio: What Is Out There? (O Que Há Lá Fora?)
Michael Mosley começa a história com um dos grandes avanços na história da humanidade - como viemos a descobrir que o nosso planeta não é o centro do cosmos, mas  apenas um entre bilhões de corpos celestes num universo em constante  expansão. Ele revela o papel fundamental dos astrólogos medievais na mudança  de nossa visão quanto ao céu, e as ligações surpreendentes com o  Renascimento. Michael mostra como as habilidades dos artesãos foram importantes nessa história e descobre como Galileu fabricou seu telescópio  para vislumbrar o céu e assim ajudar a mudar para sempre a nossa visão do universo.

2º Episódio: What is the World Made of? (Do que o mundo é feito?)
Neste episódio, Michael demonstra como nossa sociedade foi construída pela nossa busca para descobrir a resposta para o que compõe o mundo. Esta história passa pelos laboratórios secretos dos alquimistas na sua busca pelo ouro e pela invenção do transistor. Esta busca pode parecer abstrata e altamente teórica. Mesmo assim provocou o maior impacto na humanidade. Ao tentarem responder a essa questão, os cientistas criaram teorias dos elementos aos átomos, e os estranhos conceitos da Física Quântica em que assenta o nosso mundo tecnológico moderno.

3º Episódio: How Did We Get Here? (Como chegamos até aqui?)
A questão da origem humana é uma das mais polêmicas com a qual a ciência lutou. Esta é a história de como os cientistas conseguiram explicar a beleza e a diversidade de vida na Terra, revelando como sua evolução está ligada à longa e violenta história do nosso planeta. Mostrando aventureiros dos mares excêntricos aristocratas franceses, alpinistas, um editor vitoriano secreto com 12 dedos, um meteorologista alemão ridicularizado e uma discreta sugestão de Charles Darwin.

4º Episódio: Can We Have Unlimited Power? (Podemos Ter Energia Ilimitada?)
Somos a geração com maior ânsia por energia que já existiu. Este episódio conta a história de como ela foi aproveitada - do vento ao interior do átomo. Nos primórdios, a busca por novas fontes de energia foi liderada por homens práticos que queriam ganhar dinheiro. Suas invenções e ideias criaram fortunas e mudaram o rumo da História, mas foram necessários séculos para a ciência conseguir acompanha esse ritmo, para explicar o que é a energia, ao invés de apenas o que ela faz. Esta busca revelou as leis naturais
fundamentais que se aplicam a todo o universo, incluindo a equação mais famosa da ciência, E = mc².

5º Episódio: What Is the Secret of Life? (Qual é o segredo da vida?)
Nesse episódio Michael Mosley nos leva em uma viagem informativa e ambiciosa explorar como a evolução dos conhecimentos científicos está intimamente entrelaçada com a trajetória histórica da sociedade. A história de como o segredo da vida foi examinado através do prisma do organismo mais complexo conhecido - o corpo humano. Ele começa em na antiga Roma com as tentativas de salvar a vida dos gladiadores, se desenrola com os trabalhos e desenhos macabros e quase perfeitos de Leonardo da Vinci no Renascimento, com a ideia da 'força de vida' na eletricidade, para o mundo microscópico da célula. Ele revela como uma crise moral desencadeada pelo trabalho sobre a bomba atômica ajudou a biologia a ter um grande avanço- Noções básicas sobre a estrutura e o funcionamento do DNA.

6º Episódio: Who Are We? (Quem somos nós?)
Hoje sabemos que o cérebro - o órgão que mais que qualquer outro nos faz humanos - é uma das maravilhas do universo, mas, até o século XVII, ele mal era estudado. As ciências da anatomia cerebral e psicologia ofereceram visões diferentes para quem nós somos. Hoje essas ciências estão se unindo e revelando algumas verdades surpreendentes e incômodas sobre o que define nossos pensamentos, sentimentos e desejos. E a busca para entender como nosso cérebro funciona também revelou que todos nós - quer percebamos ou não - praticamos ciência desde o momento em que nascemos.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Em defesa da Palestina

“Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?”
O exército israelense, o mais moderno e sofisticado do mundo, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de “danos colaterais”, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez “danos colaterais”, três são crianças.
     Para justificar-se, o terrorismo de Estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que essa carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los.
     Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, tudo. Nem sequer têm direito a eleger seus governantes. Quando votam em quem não devem votar são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma armadilha sem saída, desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições em 2006. Algo parecido havia ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então, viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem.
     São filhos da impotência os foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com desajeitada pontaria sobre as terras que foram palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E o desespero, à margem da loucura suicida, é a mãe das bravatas que negam o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto a muito eficaz guerra de extermínio está negando, há muitos anos, o direito à existência da Palestina.
     Já resta pouca Palestina. Passo a passo, Israel está apagando-a do mapa. Os colonos invadem, e atrás deles os soldados vão corrigindo a fronteira. As balas sacralizam a pilhagem, em legítima defesa.
Não há guerra agressiva que não diga ser guerra defensiva. Hitler invadiu a Polônia para evitar que a Polônia invadisse a Alemanha. Bush invadiu o Iraque para evitar que o Iraque invadisse o mundo. Em cada uma de suas guerras defensivas, Israel devorou outro pedaço da Palestina, e os almoços seguem. O apetite devorador se justifica pelos títulos de propriedade que a Bíblia outorgou, pelos dois mil anos de perseguição que o povo judeu sofreu, e pelo pânico que geram os palestinos à espreita.
     Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que burla as leis internacionais, e é também o único país que legalizou a tortura de prisioneiros.
     Quem lhe deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel está executando a matança de Gaza? O governo espanhol não conseguiu bombardear impunemente o País Basco para acabar com o ETA, nem o governo britânico pode arrasar a Irlanda para liquidar o IRA. Por acaso a tragédia do Holocausto implica uma apólice de eterna impunidade? Ou essa luz verde provém da potência manda-chuva que tem em Israel o mais incondicional de seus vassalos?
     O exército israelense, o mais moderno e sofisticado do mundo, sabe quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de “danos colaterais”, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez “danos colaterais”, três são crianças. E somam aos milhares os mutilados, vítimas da tecnologia do esquartejamento humano, que a indústria militar está ensaiando com êxito nessa operação de limpeza étnica.
     E, como sempre, sempre o mesmo: em Gaza, cem a um. Para cada cem palestinos mortos, um israelense. Gente perigosa, adverte outro bombardeio, a cargo dos meios massivos de manipulação, que nos convidam a crer que uma vida israelense vale tanto quanto cem vidas palestinas. E esses meios também nos convidam a acreditar que são humanitárias as duzentas bombas atômicas de Israel, e que uma potência nuclear chamada Irã foi que aniquilou Hiroshima e Nagasaki.
     A chamada “comunidade internacional” existe? É algo mais que um clube de mercadores, banqueiros e guerreiros? É algo mais que o nome artístico que os Estados Unidos adotam quando fazem teatro?
     Diante da tragédia de Gaza, a hipocrisia mundial se ilumina uma vez mais. Como sempre, a indiferença, os discursos vazios, as declarações ocas, as declamações altissonantes, as posturas ambíguas rendem tributo à sagrada impunidade.
     Diante da tragédia de Gaza, os países árabes lavam as mãos. Como sempre. E, como sempre, os países europeus esfregam as mãos. A velha Europa, tão capaz de beleza e de perversidade, derrama uma ou outra lágrima, enquanto secretamente celebra essa jogada de mestre. Porque a caçada de judeus foi sempre um costume europeu, mas há meio século essa dívida histórica está sendo cobrada dos palestinas, que também são semitas e que nunca foram, nem são, antissemitas. Eles estão pagando, com sangue constante e sonoro, uma conta alheia.
Saiba Mais - Documentários:
A Palestina Ainda é a Questão
Documentário de John Pilger (Palestine Is Still The Issue) que retrata a vida de sofrimento e humilhação do povo palestino nos territórios ilegalmente ocupados pelas forças militares do estado sionista de Israel. Ao final, John Pilger repete as perguntas que o grande arcebispo antiapartheid Desmond Tutu havia feito pouco tempo antes: "Será que os judeus esqueceram em tão pouco tempo o sofrimento, a humilhação e as mortes que seus antepassados padeceram há apenas duas gerações?
Por que eles agora estão praticando contra o humilde povo palestino atrocidades semelhantes às sofridas por seus antepassados nas mãos dos nazistas?"
Direção: Tony Stark
Ano: 2003
Áudio: Inglês/Legendado
Duração: 53minutos
Tamanho: 499 MB
Atirar num Elefante
Os ataques israelenses não poupam ninguém, crianças, mulheres, ambulâncias e tudo o que se mova pode ser alvo da covardia e brutalidade de um dos exércitos mais truculentos do mundo. O documentário To Shoot An Elephant (TSAE) narra a rotina na Faixa de Gaza a partir de 27 de dezembro de 2008, quando Israel começou a operação militar Chumbo Fundido em Gaza, onde passou 21 dias atirando e que causaram a morte de 1.412. Convertido em narração direta e privilegiada dos bombardeios, o filme, quer ser ferramenta para fazer frente à propaganda israelense e ao silêncio internacional.
Direção: Alberto Arce / Mohammad Rujailah
Ano: 2009
Áudio: Inglês/Legendado
Duração: 113minutos
Tamanho: 837 MB

Ocupação 101: voz da maioria silenciosa
Um documentário instigante e poderoso na raiz atual e histórica do conflito israelense-palestino. Ao contrário de qualquer outro filme já produzido sobre o conflito - "Ocupação 101” apresenta uma análise abrangente dos fatos e verdades escondidas em torno da polêmica interminável e dissipa muitos de seus antigos mitos e equívocos.
O filme também detalha a vida sob o governo militar israelense, o papel dos Estados Unidos no conflito e os principais obstáculos que se interpõem no caminho de uma paz duradoura e viável. As raízes do conflito são explicadas através de experiências de primeira mão sobre-o-terreno dos principais estudiosos do Oriente Médio, ativistas pela paz, jornalistas, líderes religiosos e trabalhadores humanitários cujas vozes foram demasiadas vezes reprimidas em jornais americanos.
O filme cobre uma ampla gama de tópicos - que incluem - a primeira onda de imigração de judeus da Europa na década de 1880, as tensões de 1920, a guerra de 1948, a guerra de 1967, a primeira Intifada de 1987, o Processo de Paz de Oslo, a expansão do assentamento, o papel do Governo dos Estados Unidos, a segunda Intifada de 2000, a barreira de separação e a retirada de Israel de Gaza, bem como depoimentos dilaceradores de corações de muitas vítimas desta tragédia.
Direção: Abdallah Omeish / Sufyan Omeish
Ano: 2007
Áudio: Inglês/Legendado
Duração: 88 minutos
Tamanho: 803 MB
Palestina, História de uma Terra (1880-1991)
Diariamente no noticiário internacional, o conflito entre israelenses e palestinos parece uma história antiga. Porém, poucas pessoas sabem como essa guerra começou. Com imagens marcantes e históricas, o documentário (Palestine, histoire d'une terre) é uma oportunidade de conhecer o início dos desentendimentos entre os dois povos; a criação do Estado de Israel e a luta pela criação de um Estado palestino, desde o fim do domínio do Império Otomano até as negociações mais recentes entre árabes e israelenses.
Documentário organizado a partir de imagens de arquivos históricos raros divididos em dois períodos. A primeira parte, de 1880 a 1950, mostra a convivência harmônica no final do século XIX entre muçulmanos, judeus e cristãos na Palestina até a fuga em massa de trabalhadores árabes em Israel; jurisdição militar, toques de recolher, censura e leis de circulação. A segunda parte, que compreende o período entre 1950 a 1991, fala sobre as tropas Israelenses massacrando e expulsando os povos árabes de suas casas e cidades apropriando-se de todos seus territórios até os Acordos de Paz.
Diretora: Simone Bitton
Ano: 1997
Áudio: Português
Duração: 117 minutos