“E agora que vocês viram no que a coisa deu, jamais esqueçam como foi que tudo começou” (Bertolt Brecht)

sábado, 31 de março de 2012

A Crise do Sistema Colonial/América Espanhola/Complemento

A pintura de Goya
A tela “O3 de Maio de 1808”, é de autoria do pintor espanhol Francisco Goya (1746-1828). A cena representa o momento da execução de rebeldes espanhóis por uma tropa napoleônica.
     Goya representou em sua pintura o período de dominação napoleônica na Espanha. No dia 2 maio de 1808, eclodiu uma série de revoltas populares em Madri contra a chegada de José Bonaparte, enviado ao país por Napoleão para ocupar o trono da Espanha após a queda do rei Fernando VII. No dia seguinte, as tropas francesas vingaram-se cruelmente, executando centenas de rebeldes e muitos inocentes. Goya só conseguiu registar os acontecimentos seis anos mais tarde, quando o rei Fernando VII ocupou novamente o trono de Espanha.
     O sangue espalhado pelo chão, o corpo caído e a intimidação das tropas de Napoleão, apontando armas para uma população indefesa, foram os elementos utilizados por Goya para denunciar o horror à guerra. É possível observar à esquerda da pintura um homem de camisa branca com os braços erguidos em sinal de rendição, pose simbólica de Cristo crucificado (repare-se na palma da mão direita). Tradicionalmente, o branco é a cor da paz; por meio desse homem, Goya faz um apelo para que a guerra termine.

As independências hispano-americanas
     Desde a segunda metade do século XVIII, as colônias espanholas na América eram palco de inquietações. Entre as elites, a grande tensão se dava entre os funcionários da Coroa, responsáveis pelo governo e pela política fiscal, e os poderosos locais, tudo agravado pelo crescente controle da metrópole sobre os negócios coloniais. Foi o auge das reformas impostas pela metrópole, que resultaram no aumento dos impostos e no rigor dos monopólios comerciais.
     Além disso, a Coroa passou a excluir os senhores locais das altas posições do governo para reservá-las aos espanhóis, ao contrário do que havia ocorrido desde o século XVII. Essa foi a raiz da tensão entre peninsulares (representantes do rei, naturais da Espanha), denominados pejorativamente de chapetones, e criollos, membros das elites locais.
     As tensões também se faziam presentes nos grupos populares, cada vez mais explorados pela Coroa Espanhola. O maior exemplo dessa tensão foi a insurreição liderada no Vice-Reinado do Peru, em 1780, por José Gabriel Condorcanqui, que se proclamou sucessor do último imperador Inca, com o título de Tupac Amaru II.
     À frente de um poderoso exército indígena, Tupac Amaru colocou-se em defesa das aldeias, exigindo a abolição do trabalho compulsório (mita). Na fase mais radical da revolta, lutou pela restauração do Império Inca. Foi, porém, derrotado e executado brutalmente: teve a língua cortada, o corpo atado a quatro cavalos que o esticaram até desmembrá-lo e, finalmente, foi decapitado. Suas partes foram expostas nas principais vilas das províncias rebeldes.
 José Gabriel Condorcanqui nasceu no Peru, em 1742, filho de chefe indígena que descendia dos Incas. Herdou cargo de cacique desfrutou dos diversos privilégios que Coroa espanhola concedia aos líderes indígenas. Fixou residência em Cuzco. Além de supervisionar o trabalho em suas terras, onde praticava agricultura, dedicava-se ao comércio de mulas. Apesar da posição social elevada, sensibilizou-se com vida que os indígenas levavam no Peru, opondo-se aos rigores da mita (trabalho forçado). De início, tentou negociar com vice-rei abolição da mita, que se mostrou inviável. Organizou, então, uma insurreição indígena como Tupac Amaru II, em honra seu antepassado que havia comandado a resistência indígena no século XVI.
Tupac Amaru II estampado em nota de 500 intis (moeda oficial do Peru de 1985 a 1991)

Sentença contra o rebelde Tupac Amaru (Peru, 1781)
     “Na causa criminal que perante mim pende contra José Gabriel-Tupac Amaru, cacique da aldeia de Tungasuca, na província de Tinta, pelo horrendo crime de rebelião ou levantamento geral dos índios, mestiços e outras castas (...), executado em quase todos os territórios deste vice-reinado e o de Buenos Aires, com ideia (de que está convencido) de querer coroar-se Senhor deles e libertador das que chamava misérias destas classes de habitantes que conseguiu seduzir (...).
     Considerando, pois, tudo isto, devo condenar condeno José Gabriel-Tupac Amaru que seja levado à praça principal e pública desta cidade, arrastado até lugar do suplício, onde presencie execução das sentenças que se derem à sua mulher, Micaela Bastidas, seus dois filhos, Hipólito Fernando Tupac Amaru, seu tio, Francisco Tupac Amaru, seu cunhado, Antônio Bastidas, e a alguns dos principais capitães auxiliares de sua iníqua e perversa intenção ou projeto (...).
     E concluídas estas sentenças, se lhe cortará, pelo carrasco, a língua e depois amarrado ou atado por cada um dos braços e pés com cordas fortes de modo que cada uma destas se possa atar ou prender (...) a quatro cavalos para que, posto deste modo, ou de sorte que cada um destes puxe de seu lado, olhando a outras quatro esquinas da praça, marchem, partam e arranquem de forma que fique seu corpo dividido em outras tantas partes, levando-se este, logo que seja hora, ao monte chamado Pichu, onde teve o atrevimento de vir intimidar, sitiar e pedir que se rendesse esta cidade, para que ali queime numa fogueira que estará preparada, lançando-se suas cinzas ao ar, em cujo lugar se porá uma lápide de pedra que expresse seus principais delitos e morte, somente para memória e escarnecimento de sua execrável ação (...)”.
(Sentença pronunciada pelo visitador José António de Areche, em Cuzco, contra José Gabriel-Tupac: Amaru, sua mulher, filhos e demais réus principais da sublevação, em 18 de maio de 1781. Traduzido de: VALCARCEL, Carlos Daniel. La rebelión de Tupac Amaru. Lima: Peisa, 1973.)

O vodu e a revolução haitiana
     Segundo o etnólogo Roger Bastide (As Américas negras. São Paulo: Difel/Edusp, 1974), o vodu haitiano tem origem na religião praticada no Daomé pelos grupos fon. Nela os deuses são chamados de loas, organizados em famílias de divindades. A família dos Ogon, por exemplo, inclui Papa Ogou, que é general, Ogou Ferraille, protetor dos soldados, Ogou Ashadé, mestre das plantas medicinais, Olisha, mágico.
     Ao transferir-se para as Américas, o vodu sofreu alterações nos ritos e nomes de loas, mas manteve uma forte ligação com a tradição religiosa daomeana.
     A importância do vodu para a revolução haitiana não é desprezível, pois funcionou como elemento agregador de comunidades quilombolas diferentes. Um dos maiores especialistas no estudo desta revolução, o historiador José Luciano Franco, afirma (em: Presença negra na América Latina. Lisboa: Prelo, 1971) que as autoridades coloniais e senhores de escravos perseguiam os adeptos do vodu não tanto pelo fato de desafiar o catolicismo, mas por causa de sua relação íntima com as práticas quilombolas. No contexto da revolução, os sacrifícios de animais feitos a certos loas reforçaram a confiança dos rebeldes. O rufar dos tambores das cerimônias do vodu, por sua vez, além do pavor que causava nos franceses, auxiliava na comunicação dos revoltosos.

Representação do processo de independência do México
      Juan O'Gorman foi um importante artista mexicano que nasceu em Coyoacán, região do subúrbio do México, em 1905. Na década de 1920, luan cursou arquitetura na Universidade de San Carlos e, a partir de então, se destacou projetando os ateliers de Diego e Frida Kahlo, o prédio da Biblioteca da Universidade Nacional do México, entre outros. Juan O'Gorman também foi um pintor importante, cuja temática contemplava momentos históricos do México e de sua população. Nesta pintura, chamada “Retábulo da Independência”, o artista representa o processo de independência mexicano. O mural, que ocupa uma sala do Museu Nacional de História, na Cidade do México, foi produzido entre 1960 e 1961.
     O padre Hidalgo, que aparece em destaque à frente da população brandindo uma tocha (como um símbolo da revolução). Chamar a atenção  o fato de padre Hidalgo ser o único personagem que aparece discursando. Nesse quadro os protagonistas da independência são indígenas, mestiços, negros, homens da elite, misturados à população pobre, e o clero. O quadro representa um momento anterior à independência, uma vez que o padre Hidalgo protagonizou, com Morelos, um movimento popular que foi sufocado pela repressão espanhola.
Miguel Hidalgo: Nasceu em Guanajuato, México, em 1753, filho primogênito do criollo Don Cristobal Hidalgo. Estudou em colégio de jesuítas tornou-se padre aos 26 anos. Aos quase 60 anos, liderou uma grande rebelião popular, inicialmente voltada contra dominação francesa na Espanha. Em 16 de setembro de 1810, deu o famoso "Grito de Dolores", um discurso em que convocava povo às armas em nome do rei da Espanha da Virgem de Guadalupe (que se tornou padroeira do México). A rebelião acabou se voltando contra vice-rei da Nova Espanha, em favor da independência do México. Capturado, julgado condenado à morte, Hidalgo foi fuzilado em 30 de julho de 1811. É considerado "Pai da Pátria" mexicana.

José de San Martín
     “Nasceu em 1778num povoado às margens do rio Uruguai, filho de um governador espanhol com sobrinha do conquistador do Chaco, na atual Argentina. Mudou-se para Espanha com família, em 1783Estudou no Colégio dos Nobres, em Madri, onde aprendeu latim, francês, alemão, retórica, matemática, história geografia. Iniciou o aprendizado militar com apenas 11 anos e, em 1797, tornou-se subtenente no exército espanhol. Depois de passar por Londres, viajou para Buenos Aires, em 1812participando ativamente do movimento de independência. Comandou expedição ao Chile, em 1817e governou o Peru entre 1821 e 1822. Considerado na Argentina como o "Pai da Pátria", sua atuação militar é comparável à de Simón Bolívar. Morreu na França, em 1850, aos 72 anos de idade.

A construção de um herói
     Simón Bolívar morreu profundamente amargurado em dezembro de 1830. Considerava-se derrotado e
fracassado. Doze anos após sua morte, ele foi relembrado e suas ações passaram a ser celebradas na Venezuela. O país construía sua nacionalidade e buscava um personagem que expressasse a identidade nacional. Para tanto, iniciou-se a construção da figura de Bolívar como herói e mito nacional.
Os textos seguintes mostram visões diferentes e abordam aspectos distintos da questão.

I
"Aos povos da Colômbia.
Colombianos
Haveis presenciado meus esforços para implantar a liberdade onde antes reinava a tirania. Trabalhei com desinteresse, abandonando minha fortuna e mesmo minha tranquilidade. Afastei-me do poder quando me convenci de que desconfiáveis de meu desprendimento. Meus inimigos abusaram de vossa credulidade e esmagaram o que é mais sagrado: minha reputação e meu amor pela liberdade. [...] Afastando-me do vosso meio, meu carinho diz que devo manifestar meus últimos desejos. Não aspiro a outra glória senão a consolidação da Colômbia. Todos deveis trabalhar pelo bem inestimável da União: os povos, obedecendo ao atual governo para libertar-se da anarquia; os ministros do santuário, dirigindo suas orações ao céu; os militares, empregando sua espada para defender as garantias sociais."[...]
(Simón Bolívar. Manifesto aos povos da Colômbia [10 dez. 1830].In: CORRÊA, Anna Maria Martinez; BELLOTTO, Manoel Leio. Bolívar. São Paulo: Ática, 1983.)

II
"Quarenta e sete anos de existência foram-lhe suficientes. Não precisou de mais para encarnar em ação a mais formidável vontade que o continente já conheceu. Foi um meteoro, um corpo ígneo, uma inteligência multiplicada. Nos dias do Renascimento, teria sido um 'condottiere', um poeta, um homem de intensas luzes e paixões exaltadas. Não há dúvidas de que teria medido forças igualmente com papas e cardeais, com mui importantes senhoras [ ...].
Esse Simón Bolívar - sangue basco nas veias, talvez um pouco de africanidade - soube ser terno e feroz; poucos o superaram em elegância de espírito."
(POMER, León. A jornada de Simón Bolívar. In: Folhetim. Folha de S.P., 24 jul. 1983.)

III
"A classe dominante venezuelana apropriando-se do prestígio de que desfrutava Bolívar o elevou ao mais alto pedestal. As comparações feitas regular e continuamente entre Bolívar e os heróis da mitologia greco-romana tinham o objetivo de legitimar sua 'obra incomparável'. Criou-se o Olimpo 'criollo' no qual Simón ocupava o lugar de Júpiter. No rastro da tradição judaico-cristã, além das figuras bíblicas, era ainda comparado com Jesus Cristo. [...] Ele nascera para ser o 'libertador do continente, o criador das repúblicas americanas, o pai dos cidadãos livres'. Para tanto, 'Deus oferecera a ele todos os talentos de valor, de audácia e de perseverança incomparáveis em toda a superfície da Terra tanto no passado, como no presente e no futuro. Desse modo, o herói nacional, simples mortal, avança para o plano da deificação.
Colocou-se Bolívar numa região inacessível, num alto pedestal inatingível, onde ele paira acima do bem e do mal."
(PRADO, Maria Lígia Coelho. Bolívar, Bolívares. In: Folhetim. Folha de S.Paulo, 24 jul. 1983.)

Bolívar e o pan-americanismo
     A única liderança hispano-americana que esboçou um plano de unificação da América espanhola, ainda que limitado, foi Simón Bolívar, conhecido como Libertador. Em 1815, o exército chamado de bolivariano consolidou a independência na Colômbia e na Venezuela e se alastrou para o Alto Peru, dando origem ao Equador e, mais tarde, à Bolívia (nome adotado em homenagem ao Libertador).
     Tradicionalmente, atribui-se a Bolívar o papel de precursor do pan-americanismo, sobretudo por causa das ideias unificadoras que exprimiu na Carta da Jamaica (1815) e no Congresso do Panamá (1826). Mas há exagero nessa avaliação: quando muito, ele ambicionava a união das antigas colônias hispano-americanas a partir da Gran Colombia.
     A base do projeto pan-americano de Bolívar era precaríssima. Muitas lideranças disputavam o poder com o Libertador, com a intenção de manter o controle de governos regionais. Nem mesmo a base política e territorial da Gran Colombia era consistente. No Congresso do Panamá, só compareceram representantes de Colômbia, Venezuela, Equador, México, Federação Centro-Americana (que reunia os futuros países da Nicarágua, Guatemala, Costa Rica, Honduras) e Peru. O projeto da América do Sul unida não saiu do papel, e a região se esfacelou em várias repúblicas - independentes, mas que conservaram a herança colonial, exceto quanto ao livre-comércio.
O próprio Bolívar deu o tom do conservadorismo, em discurso de 1819, ao defender que o Estado deveria ser controlado pelas classes decentes, isto é, os proprietários de terras e comerciantes, com o poder executivo forte e o legislativo formado a partir do voto censitário (eleitores homens com renda mínima estabelecida por lei), excluídos os pobres.

América Latina quer integração econômica, mas não política
     "Estudo do instituto chileno Latinobarómetro mostra que os países da América Latina exibem alto índice de apoio ao processo de integração econômica, mas são bem menos entusiastas quando o tema é a cooperação politica ou livre circulação de pessoas. De acordo com as 20.204 entrevistas feitas em 18 países entre setembro e outubro de 2008, 73% dos latino-americanos querem a integração econômica e 69% apoiam a entrada de investimento estrangeiro sem restrições. Quando o tema é a integração política, porém, o índice cai para 60%. Em 2002, nota o estudo, a taxa era de 71%. A diretora do Latinobarómetro, socióloga Marta Lagos, ligou a queda de apoio à presença polarizante do presidente esquerdista venezuelano, Hugo Chávez. 'Chávez, de alguma maneira, polarizou tudo que tenha a ver com a integração politica e fez mal a esse processo', disse ela, que defende maior espaço para a integração na agenda de política doméstica. A Venezuela promove seu bloco de integração, a Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas), com forte cunho político-ideológico. [...] Apesar de criticar as restrições migratórias impostas por Estados Unidos e Europa, a região se mostra receosa quanto à abertura de fronteiras aos vizinhos. Só 46% são favoráveis à livre circulação de pessoas. Para Lagos, a taxa baixa sinaliza que os latino-americanos veem a integração como uma oportunidade, mas também como ameaça. 'Observa-se uma preferência pela integração de coisas, não de pessoas', critica."
(América Latina quer integração econômica, mas não política. Folha de S.P., 24 jun. 2009.)
 Mafalda e Liberdade: personagens criadas pelo argentino Quino.

FONTE:
História, ensino médio. Organizadores: Fausto Henrique Gomes Nogueira, Marcos Alexandre Capellari. - 1. ed. - São Paulo: Edições SM,2010. - (Coleção ser protagonista)
Conexões com a História / Alexandre Alves, Letícia Fagundes de Oliveira. - 1.ed. - São Paulo. Moderna, 2010.
História: das cavernas ao terceiro Milênio /Patrícia Ramos Braick. Myriam Becho Mata. 2. ed. - São Paulo: Moderna, 2010.
História: O Longo séc. XIX, volume 2/Ronaldo Vainfas... [et al.] - São Paulo: Saraiva, 2010.

FILME:
Queimada (1969)
Em 1845, numa ilha do Caribe que tem o nome de Queimada, desembarca um agente britânico, William Walker (Marlon Brando). Intelectualizado, bem-falante, ele fomenta na população de escravos a ideia da revolução contra os colonizadores portugueses. Encontra até a figura ideal de um líder para moldar, o estivador José Dolores (Evaristo Marquez), a quem incita inclusive a roubar um banco para financiar a rebelião. Um outro rebelde, o funcionário de hotel Teddy Sanchez (Renato Salvatori) será levado a assassinar o governador local, facilitando a tomada do poder pelos revolucionários.
Uma vez no comando, o novo governo descobre os limites de seu poder. O agente Walker era, na verdade, um homem a serviço do Almirantado Britânico e de industriais açucareiros ingleses, que apenas procurava tirar os colonizadores portugueses do caminho.
Agora, os empobrecidos novos governantes descobrirão que não tem alternativa senão vender o açúcar, principal produto da ilha, aos ingleses, em condições desvantajosas.
Dez anos depois, Walker e Dolores estarão de novo frente a frente, quando o segundo decide liderar uma nova revolução e o inglês volta para sufocá-la - nem que para isso tenha de queimar novamente toda a ilha e aniquilar a população, como fizeram os portugueses ali, em 1520. Este episódio da queimada referia-se a fatos reais, ocorridos no Caribe (Haiti), só que cometidos por colonizadores espanhóis.
Direção: Gillo Pontecorvo
Ano: 1969
http://ul.to/vohar4y9Áudio: Inglês/Legendado
Duração: 115 minutos

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